"Papa tem toda a razão quando fala de uma 'economia que mata'"
Na ótica de Ana Gomes, o que Sumo Pontífice defende é "exatamente o oposto das políticas neoliberais que explicam que haja, hoje, bancos a terem lucros absurdos e as famílias a serem esmifradas com os seus salários sugados pelos bancos".
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Política Ana Gomes
No seu comentário habitual de domingo, na SIC Notícias, a ex-deputada Ana Gomes elaborou que "o Papa [Francisco] tem toda a razão quando fala de uma 'economia que mata' e que têm de ser corrigidos os desequilíbrios".
Comentando as palavras proferidas pelo Sumo Pontífice durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Ana Gomes salientou que, tal defendeu, "têm de ser corrigidos os desequilíbrios, pondo as pessoas no centro das politicas e não os ganhos económicos para alguns, passando por um processo de ecologia integral, que salve o planeta, salvando as pessoas".
No entanto, recordou que é "exatamente o oposto das políticas neoliberais que explicam que haja, hoje, bancos a terem lucros absurdos e as famílias a serem esmifradas com os seus salários sugados pelos bancos". "Em última analise, é isso o objetivo das políticas do BCE [Banco Central Europeu] neste momento", acrescentou.
Para a comentadora, "a situação [atual] é absurda, é contra estas noções do bem comum, economia centrada nas pessoas, no sentido de distribuição justa", argumentando ser "defensora de uma intervenção dos Estados para imporem impostos aos banco para não terem estes lucros absurdos enquanto as pessoas estão apertadíssimas".
"O coro dos defensores dos bancos cá em Portugal está muito afinadinho, mas estão mal, estão errados e estão contra uma política como esta que o Papa prega e estão contra uma política que sustenha a democracia", frisou.
A JMJ, o maior evento da Igreja Católica, realizou-se pela primeira vez em Portugal entre 1 e 6 de agosto, juntando um milhão e meio de peregrinos no Parque Tejo no sábado e no domingo.
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