Costa quer serenidade e recusa dançar a dança das "tricas institucionais"

O primeiro-ministro afirmou hoje que recusa o desafio para o seu Governo dançar a dança das tricas institucionais e considerou que, na atual conjuntura internacional, seria uma irresponsabilidade ir no engodo da desestabilização social.

Notícia

© Getty Images

Lusa
22/03/2023 16:30 ‧ 22/03/2023 por Lusa

Política

António Costa

Estes recados foram transmitidos por António Costa na parte final da sua resposta ao líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, ainda durante a primeira ronda do debate sobre política geral na Assembleia da República.

Na, sua intervenção, o líder do executivo procurou colocar em contraste "o nervosismo" e a "ânsia" das oposições com uma alegada atitude de serenidade por parte da sua equipa governativa face a uma conjuntura internacional difícil.

Mas António Costa foi mais longe na sua mensagem em "defesa da estabilidade" em Portugal e disse o seguinte:

"Vamos continuar a trabalhar com serenidade, com determinação e cumprindo ponto a ponto o que está plasmado no Programa do Governo. Vamos continuar a cumprir por maior que seja a vozearia aqui [no parlamento] de algumas bancadas ou quem nos queira desafiar para tricas institucionais, que manifestamente não é a dança que queremos dançar", declarou.

Num discurso em que voltou a defender a importância de contas certas e a advertir para os riscos que um país corre quando perde margem financeira, o primeiro-ministro assinalou que as medidas de apoios sociais às famílias a anunciar na sexta-feira apenas são possíveis, precisamente, porque há margem de manobra em Portugal.

Depois, referiu-se ao atual clima de contestação social em Portugal, deixando então alguns avisos.

"Neste contexto internacional muito difícil, a maior irresponsabilidade era irmos no engodo daqueles que querem provocar-nos para entrar na lógica da desestabilização social. Respeitamos o direito à greve, o direito ao protesto e até compreendemos que haja a legítima aspiração a ter melhores condições de trabalho", afirmou, antes de acentuar a ideia que o seu executivo tem adotado uma linha de moderação e de flexibilidade perante os grevistas.

António Costa referiu a este propósito que sempre existiu a regra de o Estado não negociar com os sindicatos enquanto decorrem greves.

"Vivemos há meses com greves na educação e nunca o Estado interrompeu ou suspendeu o processo negocial com o objetivo muito claro de satisfazer três antigas reivindicações da maior importância para a carreira docente: Um novo modelo de recrutamento e de contratação que acelere a vinculação à escola; aproximar, acabando com o absurdo dos dez quadros de zona pedagógica, com mais de 200 quilómetros de distância; e acabar com o regime excecional que existia para a vinculação de professores em situação de precariedade", apontou.

De acordo com as estimativas do primeiro-ministro, "já este ano cerca de 10500 professores precários, muitos deles há dezenas de anos, vão poder vincular ao Estado, passando a ter um contrato definitivo".

"E hoje propusemos aos sindicatos um ciclo negocial sobre dois temas: Correção do impacto assimétrico que o congelamento teve nas diferentes posições dos professores na carreira; resolver o problema da desigualdade dos educadores de infância e professores do primeiro ciclo em matéria de redução de redução de horário em função da idade", acrescentou.

[Notícia atualizada às 16h53]

Leia Também: Ventura diz que situação na Educação "está descontrolada"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas