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"Portugueses lidam com falta de tudo. Têm uma carga fiscal como nunca"

Manuela Ferreira Leite criticou ainda a forma como o Ministério das Finanças anunciou as novas tabelas de retenção na fonte para 2023. "Diz aquilo de uma forma que parece que está a dar alguma coisa às pessoas", referiu.

"Portugueses lidam com falta de tudo. Têm uma carga fiscal como nunca"
Notícias ao Minuto

23:42 - 02/02/23 por Notícias ao Minuto

Política Manuela Ferreira Leite

A antiga líder do Partido Social Democrata (PSD), Manuela Ferreira Leite, considerou, esta quinta-feira, que a população portuguesa enfrenta “uma carga fiscal” sem precedentes e acusou o Governo de anunciar medidas que são mais uma "desinformação" do que uma informação.

“Os portugueses, no seu dia a dia, não lidam só com problemas de falta de dinheiro. É com falta de tudo. As pessoas têm uma carga fiscal como nunca tiveram. Não têm educação, não têm saúde, não têm segurança, não têm justiça. Como é que isto se resolve?”, questionou no programa 'Crossfire' da CNN Portugal, acrescentando que existe atualmente uma “degradação dos serviços públicos” que não pode ser resolvida “nos próximos meses”.

A comentadora referiu, em específico, a medida anunciada pelo Ministério das Finanças para ajudar a combater a inflação, que passa pela redução da retenção na fonte.

“Ele [ministro das Finanças] diz aquilo de uma forma que parece que está a dar alguma coisa às pessoas porque as pessoas agora passam a receber mais ao fim do mês. Mas o que ele devia agora dizer era: ‘Não vou tirar tanto quanto costumo tirar’. O que não diz - e que é extremamente perigoso não ter dito nem ter anunciado - é que agora [os portugueses] recebem mais, mas quando chegar a altura de receberem alguma coisa, não recebem nada”, exemplificou.

A social-democrata considerou que a medida “pode ser perigosa” para a população, especialmente para quem não sabe o que implica a retenção na fonte e a sua devolução no IRS. “É mais uma desinformação do que uma informação”, afirmou.

Sobre o caso do bónus da presidente executiva da TAP - que se soube hoje que pode ser de três milhões de euros, mas ser considerado inválido -, Ferreira Leite considerou que se trata de “mais um sintoma do ambiente asfixiante em que estamos neste país”.

“Para as pessoas reagirem de tal forma mal, àquilo que acontece ou não acontece numa empresa que, por acaso, lá metemos muito dinheiro e, por isso, nós reagimos. É um sintoma de como as pessoas, neste momento, começaram a reagir àquilo que é a aplicação dos seus impostos”, disse.

Em causa está uma notícia avançada, esta quinta-feira, pelo Jornal Económico e pela CNN Portugal, que revela que a contratação da CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, foi aprovada com “conhecimento das condições remuneratórias”, mas o valor do prémio não terá sido ratificado. 

Leia Também: Prémio de CEO da TAP pode chegar aos 3 milhões... mas ser inválido

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