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Apesar do "péssimo hábito", Governo precisa de "remodelação profunda"

Para Miguel Relvas, é "importante" que o primeiro-ministro, "porque é ele o responsável", compreenda que "é necessária uma muito ampla reestruturação, uma remodelação muito profunda deste Governo", dadas as polémicas que têm surgido desde a sua tomada de posse.

Apesar do "péssimo hábito", Governo precisa de "remodelação profunda"
Notícias ao Minuto

23:54 - 29/12/22 por Notícias ao Minuto

Política Governo

Face à nova polémica em que o Governo de António Costa se vê mergulhado, com a saída da secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, e do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, o ex-deputado do PSD Miguel Relvas considerou, esta quinta-feira, que o Executivo necessita de uma "remodelação muito profunda", já que se destaca pela "continuidade do Governo anterior".

Começando por criticar o "péssimo hábito de as remodelações serem ao longo da madrugada", o social-democrata apontou, em declarações à CNN Portugal, que o Executivo "tem pela frente a reestruturação daquilo que deveria de ter sido um Governo de maioria absoluta no seu início".

"Ontem saímos daqui com um Governo, e acordámos com outro; não é a primeira vez que isso acontece", disse, lançado que a administração mantém, contudo, "aquelas relações familiares, políticas" da Legislatura anterior.

Na sua ótica, é "importante" que o primeiro-ministro, "porque é ele o responsável", compreenda que "é necessária uma muito ampla reestruturação, uma remodelação muito profunda deste Governo", dadas as polémicas que têm surgido desde a sua tomada de posse.

"Fala-se muito dos ministros, [mas] há uma certa ocultação do papel e uma certa forma que o primeiro-ministro encontrou de fugir ao combate e às dificuldades", disse, recordando que "este é um Governo de maioria absoluta, e em oito meses demitiram-se [11] ministros".

"Lembro que ainda temos um processo muito delicado em cima de um ministro, o ministro dos Negócios Estrangeiros, [João Gomes Cravinho], que era ministro da Defesa e mentiu no Parlamento, e que pode vir a ter uma comissão de inquérito pela frente", pelo que "é, também, uma boa oportunidade para poder mexer nessa área", rematou, referindo-se à operação ‘Tempestade Perfeita’, que investiga um alegado esquema de corrupção no Ministério da Defesa, quando ainda era tutelado por Gomes Cravinho.

De notar que Pedro Nuno Santos demitiu-se, na quarta-feira à noite, para "assumir a responsabilidade política" do caso da indemnização de 500 mil euros da TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, demitida, na terça-feira, pelo ministro das Finanças, Fernando Medina.

Esta foi a terceira demissão do Governo em dois dias, depois de Alexandra Reis, e do secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, que acompanhou a decisão de Pedro Nuno Santos.

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