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Pelo menos dez demissões no PAN por "asfixia democrática interna"

No rescaldo de uma reunião da Comissão Política Nacional, dez membros apresentaram a demissão daquele órgão, entre os quais o ainda deputado Nelson Silva e os porta-vozes regionais dos Açores e Madeira, alegando "asfixia democrática interna".

Pelo menos dez demissões no PAN por "asfixia democrática interna"
Notícias ao Minuto

16:14 - 07/02/22 por Notícias ao Minuto

Política PAN

Depois de o PAN ter anunciado que iria avançar para um processo de auscultação das bases do partido no rescaldo das eleições legislativas, pelo menos dez membros da Comissão Política Nacional do PAN renunciam ao cargo.

Abandonaram o órgão máximo de direção política do partido Pessoas-Animais-Natureza o porta voz regional e Deputado à Assembleia da Região Autónoma dos Açores, Pedro Neves; o porta voz regional e cabeça de lista pela Região Autónoma da Madeira, Joaquim de Sousa; o ainda deputado à Assembleia da República (que falhou a eleição para a próxima legislatura) e membro da Comissão Distrital de Lisboa Nelson Silva e vários representantes e membros de comissões distritais e regionais entre os quais Paulo Baptista e Ricardo Cândido de Faro; Sónia Domingos dos Açores, Vítor Pinto de Setúbal, Carolina Almeida de Viseu, Fábio João de Castelo Branco e o membro da mesa da direcção, Jorge Alcobia.

Os dirigentes do partido alegam “total asfixia democrática interna” e notam que sem a realização de um Congresso extraordinário — depois do chumbo do Tribunal Constitucional aos novos estatutos — “metade dos dirigentes da Direção Nacional” ficam sem direito de voto.

Apesar do grupo demissionário considerar que auscultar as bases é sempre um processo de abertura ao diálogo e louvável, reiteram que a "alegada auscultação aos filiados não é suficientemente democrática e politicamente consequente", pois apenas o Congresso, órgão máximo e soberano do partido, "oferece condições para que da discussão se retire todas as consequências políticas, inclusive sobre a continuidade da liderança do partido".

"As razões que levaram a esta saída em conjunto prendem-se, nomeadamente, com o chumbo da proposta para a realização de um Congresso Electivo Extraordinário com vista à discussão e balanço das eleições legislativas de 2022 e rectificação dos estatutos, devolvendo a palavra ao órgão máximo do partido em ambiente de discussão democrática interna e panorama alargado. Apenas um Congresso, pela amplitude de debate que proporciona entre todos os filiados, oferece condições para que a discussão seja realmente global e que ratifique os Estatutos que não foram aprovados pelo Tribunal Constitucional", pode ler-se no comunicado.

Na missiva, pontam, ainda, a "falta de maturidade e lucidez  política nas análises dos resultados eleitorais pouco realistas que sustentam as causas da dramática descida de votos , sobretudo, em externalidades".

Os membros demissionários alegam uma "aposta num discurso de campanha monotemático e repetitivo e o pouco espaço deixado para o PAN continuar a ser disruptivo, mantendo, assim o eleitorado jovem que acabou por fugir para outros quadrantes partidários".

Estas saídas acontecem após a reunião da Comissão Política Nacional que decorreu no sábado, para análise do resultado nas legislativas, nas quais o PAN desceu de quatro deputados eleitos para um.

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