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Riscos de uma maioria absoluta? "Vai ser preciso que a oposição funcione"

Ana Gomes afirma que a oposição é fundamental num governo com maioria absoluta, mas alerta que esta não pode ser deixada nas mãos do Chega porque isso seria um "erro trágico".

Riscos de uma maioria absoluta? "Vai ser preciso que a oposição funcione"
Notícias ao Minuto

13:52 - 07/02/22 por Notícias ao Minuto

Política Ana Gomes

Ana Gomes usou, na segunda-feira, o seu espaço de comentário semanal na SIC Notícias para analisar os riscos e mais-valias que um governo com maioria absoluta tem.

“Um governo de maioria absoluta, como disse o primeiro-ministro, não é poder absoluto”, começou por dizer afirmando que Costa, ao dizer isto, reconhece que “há uma má memória” das maiorias absolutas do passado.

A ex-eurodeputada considera também que o Presidente da República terá de assumir um papel mais fiscalizador do poder. “Marcelo Rebelo de Sousa não pode continuar a desvalorizar o uso da palavra, banalizando-a”, sublinhou a comentadora. 

Ana Gomes defende que será necessário que a oposição funcione e que haja muita transparência. "Vai ser preciso que a oposição funcione, desde logo, porque esse é que é a grande instância de fiscalização do Governo na Assembleia da República", aponta. 

Ao longo da sua análise, Ana Gomes apela ainda à necessidade de que os partidos que ficaram fragilizados nestas eleições, se reorganizem, em particular o CDS que não conseguiu ter representação parlamentar pela primeira vez na história do partido.

A antiga deputada socialista detalha ainda que houve erros estratégicos em particular da Direita, especialmente do PSD, porque não definiu como linha vermelha a extrema-direita. 

"No caso do Chega é preciso dizer que a vitória do Chega não foi tão clara como se diz. Se compararmos com os resultados de há um ano nas presidenciais com André Ventura, o Chega perdeu 111 mil votos", destaca. 

Alerta ainda que, perante a presença do Chega na Assembleia da República, não se pode deixar a oposição nas mãos deste partido porque isso seria outro "erro trágico". 

Ana Gomes aponta, ainda, que é fundamental estabelecer linhas vermelhas bem claras para que a extrema-direita não avance. 

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