Médio Oriente? "Às vezes, a força tem de ser a melhor garantia da paz"

O presidente do Chega, André Ventura, afirmou hoje que a Europa "não deve permitir que o Irão tenha armas nucleares" e defendeu que, "às vezes, a força tem de ser a melhor garantia da paz".

Chega: André Ventura visita UACS

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Lusa
23/06/2025 17:28 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

André Ventura

"O Irão não deve ter armas nucleares. Acho que esse é um consenso que qualquer europeu, seja ele português, espanhol, francês, italiano, britânico, deve ter, a Europa não deve permitir que o Irão tenha armas nucleares", afirmou.

 

O líder do Chega, que falava aos jornalistas antes de uma reunião com a União de Associações do Comércio e Serviços (UACS), em Lisboa, disse compreender que "Israel, que é a única democracia do Médio Oriente, também não queira que o Irão tenha armas nucleares".

"Isto não quer dizer que Israel possa fazer o que entender e que Israel possa levar a cabo as ações que entende sobre esta matéria. Tem que haver controlo, a Europa deve ter um papel de defesa do direito internacional, da paz, mas isto é uma coisa, outra é compreender que às vezes a força tem que ser a melhor garantia da paz", sustentou, considerando que os líderes do Irão "só são sensíveis a isso".

Ventura afirmou que "Portugal fez bem em contribuir, dentro do seu espetro, para uma ação concertada internacional que impeça o Irão de ter armas nucleares", devendo ao mesmo tempo "ter uma voz ativa, sobretudo no quadro europeu, para impedir que Israel possa fazer o que entender". 

O presidente do Chega referia-se à presença de 12 aviões reabastecedores dos EUA na Base das Lajes, Açores. No domingo, o Ministério da Defesa Nacional indicou que se tratam de "aviões de reabastecimento aéreo", não se tratando de meios aéreos ofensivos.

"O que é importante é garantir que Portugal está alinhado com os seus aliados internacionais, com as potências ocidentais, e nós temos que saber muito bem de que lado estamos. Portugal está do lado das democracias ocidentais, Portugal está do lado das democracias que têm sido a sua referência diplomática nos últimos anos, não está do lado das tiranias, das ditaduras, daqueles que oprimem os direitos das minorias, das mulheres, da oposição política, como é o caso do Irão", disse.

Não é possível "querer paz com cravos, poemas e conversa", defendeu André Ventura, que aproveitou também para criticar a postura dos partidos de esquerda, que acusou de estarem "muito solidários com o Irão".

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada em meados de junho por bombardeamentos israelitas contra território iraniano, levando à retaliação de Teerão.

O conflito, que já fez centenas de mortos e feridos de ambos os lados, assumiu uma nova dimensão com os bombardeamentos pelos Estados Unidos de várias instalações nucleares iranianas, incluindo o complexo de Fordo.

Leia Também: Lei da nacionalidade? Chega alega "bloqueio" e AR aponta "equívoco"

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