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Louçã. "Costa tem variado, em duas semanas, em três discursos diferentes"
Comentador versou, no seu habitual espaço semanal na SIC Notícias, entre outros temas, sobre a entrevista que o primeiro-ministro deu no início da semana. "Plano A" de António Costa "é a maioria absoluta", enquanto o "Plano B é entender-se, de alguma forma, e, aí, entra a ideia de Bloco Central", dissertou Francisco Louçã.
© Global Imagens
Política Francisco Louçã
No seu espaço habitual das sextas-feiras, na SIC Notícias, Francisco Louçã versou, hoje, entre outros temas, sobre a política nacional, com especial enfoque na entrevista que o primeiro-ministro deu no início desta semana. António Costa "admitiu a possibilidade de fazer algum compromisso à Esquerda ou de fazer algum compromisso com o PSD".
"Na verdade", acrescentou, "António Costa tem variado, em duas semanas, em três discursos diferentes". "O discurso da maioria absoluta, com que se lançou a seguir ao 'chumbo' do Orçamento, o discurso de 'talvez seja possível uma nova Geringonça' e, agora, entrou pela porta grande a possibilidade de um Bloco Central informal", explicou o comentador.
A entrevista dada pelo chefe do Governo foi, nas palavras de Francisco Louçã, "muito interessante" não só "por causa dessa pequena porta aberta que começa a surgir, mas também pela forma tão contundente como ele [António Costa] recusou os pontos de partida para um acordo que diz poder admitir".
Um exemplo é o da "sustentabilidade da Segurança Social". "Por razões totalmente incompreensíveis - a não ser pela vontade do choque político -, António Costa transformou uma questão em que a negociação era possível, numa grande questão de regime impossível de tratar", considerou.
Já noutras questões, o primeiro-ministro "foi igual a si próprio". Louçã indicou que o "Plano A" de António Costa "é a maioria absoluta", enquanto o "Plano B é entender-se, de alguma forma, e, aí, entra a ideia de Bloco Central".
O fundador do Bloco de Esquerda enunciou a entrevista de Rui Rio, dada na quarta-feira em que o líder do PSD, considerou Louçã, "vem confirmar esta posição". "Rui Rio veio repetir o que Marcelo Rebelo de Sousa tanto tem insistido, que é o que ele fez com António Guterres quando se estava a preparar o Euro", vincou.
Recorde-se que o Presidente da República anunciou a dissolução do Parlamento após o 'chumbo' da proposta do Orçamento do Estado para 2022 e marcou eleições legislativas antecipadas para o próximo dia 30 de janeiro.
Leia Também: "Presidente correu riscos pela forma como conduziu este processo"
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