Cravinho omitiu? "Se o fez, não se compreende que se mantenha no cargo"
Nuno Melo recorreu ao Facebook para fazer um comentário acerca da Operação Miríade. Na opinião do candidato à liderança do CDS, há três pontos que são fundamentais neste caso.
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Política Operação Miríade
Nuno Melo, candidato à liderança do CDS, socorreu-se, esta quinta-feira, da sua página pessoal no Facebook para tecer comentários à Operação Miríade, nomeadamente ao 'papel' do ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, nesta ação.
O centrista começa por considerar que "a realidade interna no CDS não pode deixar Portugal sem respostas em relação ao que é muito grave na governação", acrescentando que "o país não hibernou" e "há coisas que têm de ser ditas".
Então, em três pontos, o democrata cristão versa sobre a ação do governante. Em primeiro lugar, o eurodeputado indica ser "impossível que o ministro da Defesa não tenha reportado ao primeiro-ministro o que sabia sobre a Operação Miríade".
"Caso não o tenha feito", prossegue Nuno Melo, "o primeiro-ministro não poderia fazer outra coisa que não fosse propor a sua exoneração imediata".
Contudo, "em qualquer dos casos", é "gravíssimo e inaceitável que o ministro da Defesa tenha omitido ao Presidente da República, que é Comandante Supremo das Forças Armadas, factos desta gravidade". "Se o fez, não se compreende que se mantenha no cargo mais um minuto que seja", termina o centrista.
De lembrar que a Polícia Judiciária (PJ) confirmou, em 8 de novembro, a execução de 100 mandados de busca e 10 detenções, incluindo de militares e ex-militares, no âmbito da Operação Miríade, na sequência de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
Em causa está a investigação a uma rede criminosa com ligações internacionais e que "se dedica a obter proveitos ilícitos através de contrabando de diamantes e ouro, tráfico de estupefacientes, contrafação e passagem de moeda falsa, acessos ilegítimos e burlas informáticas".
Em comunicado, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) revelou que alguns militares e portugueses em missões na República Centro-Africana podem ter sido utilizados como "correios" no tráfego de diamantes, adiantando que o caso foi reportado em dezembro de 2019.
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