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Rangel é o "mais bem posicionado para avançar" para a liderança do PSD

Marques Mendes considera "inevitável" uma disputa da liderança do PSD depois das autárquicas. Quando ao PS, o comentador continua a acreditar que António Costa vai 'abandonar o barco' em 2023.

Rangel é o "mais bem posicionado para avançar" para a liderança do PSD
Notícias ao Minuto

10:06 - 06/09/21 por Mafalda Tello Silva

Política Marques Mendes

No seu habitual espaço de comentário na SIC, Luís Marques Mendes analisou, este domingo, as possíveis alterações de liderança no PS e no PSD.

Sobre o maior partido da oposição, o antigo dirigente social-democrata começou por considerar que será "inevitável haver uma disputa de liderança", independentemente dos resultados das eleições autárquicas. 

Dos potenciais candidatos à presidência do partido, Marques Mendes voltou a defender que o eurodeputado Paulo Rangel é o social-democrata "mais bem posicionado para avançar e poder ganhar". 

Ainda assim, o comentador admitiu não saber se Paulo Rangel irá apresentar-se às diretas do PSD, já marcadas para janeiro, mas referiu que, contudo, há sinais de que poderá vir a avançar para a corrida. 

O primeiro prende-se com a entrevista que o eurodeputado deu, no sábado, no programa Alta Definição, na qual Paulo Rangel assumiu publicamente ser homossexual. Para Marques Mendes, para além das declarações mais intimistas, esta foi uma entrevista de "grande impacto, corajosa, genuína e muito natural". 

Depois, o facto de uma sondagem divulgada recentemente, ter apontado Paulo Rangel como o candidato "preferido dos portugueses para ser líder do PSD", também é outro sinal que não deve ser ignorado. 

"Mas, há outra coisa que é clara e indiscutível: com Rui Rio ou sem Rui Rio, o PSD tem de mudar a forma de fazer oposição. Qual é a causa de haver mau estar [no partido]? É o facto do PSD não fazer uma oposição eficaz e, portanto, isto vai ter de mudar", argumentou ainda. 

"Há meses que digo que António Costa vai sair daqui a dois anos"

Sobre o PS, Marques Mendes voltou a insistir que António Costa irá deixar a liderança do partido em 2023. "Há meses que digo que António Costa vai sair daqui a dois anos", reiterou. 

Para o comentador, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro irá sair por dois motivos, designadamente, "por cansaço político, o que é normal porque são já duas legislaturas", e porque "tem a ambição de ter um cargo internacional". 

Ainda sobre a matéria, o antigo ministro voltou a destacar as semelhanças entre o "tabu de António Costa" e o de Cavaco Silva em 1995. 

Tal como aconteceu com o antigo dirigente social-democrata, "as pessoas dizia que ia ficar", mas, para Marques Mendes, "as pessoas confundem desejo com realidade" e Cavaco Silva acabou por sair de cena. 

Admitindo que em dois anos tudo pode mudar, o comentador sublinhou que, no entanto, esta especulação sobre a saída do líder socialista "já tem consequências políticas hoje e efeitos no futuro".

"Anunciado com esta antecedência pode ser um erro com consequência de perda de autoridade do primeiro-ministro e da coesão do Governo", defendeu. 

Tal como aconteceu há mais de 25 anos com Cavaco Silva, Marques Mendes concluiu que a ausência de António Costa no contexto político, a partir de 2023, pode presentar "uma reviravolta brutal na politica nacional". 

Leia Também: "Não é nenhum segredo". Paulo Rangel assume publicamente homossexualidade

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