BE diz que maior acionista da Groundforce é "um obstáculo" a soluções
A coordenadora do BE, Catarina Martins, classificou hoje o maior acionista da Groundforce, Alfredo Casimiro, como "um obstáculo a qualquer solução", considerando que a privatização deixou o país nas "mãos de empresários sem escrúpulos".
© Presidência da República
Política Catarina Martins
Interpelada sobre a greve de trabalhadores da Groundforce que arrancou hoje, a dirigente bloquista considerou que não é possível "dizer a trabalhadores que são essenciais e depois não lhes pagar salários".
Catarina Martins considerou que os funcionários da empresa de 'handling' "têm toda a razão" e classificou a situação como "insustentável".
"A TAP tem vindo a permitir que a Groundforce pague salários, o dono privado da Groundforce é um obstáculo a qualquer solução que é feita", completou, acrescentando que "este é um dos exemplos do desastre que é para um país privatizar um setor estratégico ou oferecê-lo, como é o caso da Groundforce, e depois ficar nas mãos de empresários sem escrúpulos".
A greve da Groundforce provocou o cancelamento de 274 voos nos aeroportos portugueses, até ao momento, dos quais 242 em Lisboa, segundo a ANA - Aeroportos de Portugal.
"Devido à greve nos serviços de 'handling' da Groundforce, foram cancelados, até ao momento, no aeroporto de Lisboa, 107 chegadas e 135 partidas", adiantou fonte oficial da gestora das infraestruturas, acrescentando que as companhias que operam com outras empresas de assistência em terra, assim como as que operam no Terminal 2 do aeroporto de Lisboa, "mantêm a sua operação".
Segundo a última atualização da gestora de aeroportos, foram também canceladas nove chegadas e nove partidas no Aeroporto do Porto, três chegadas e três partidas no Aeroporto de Faro, duas chegadas e duas partidas no Aeroporto da Madeira e também duas chegadas e duas partidas no Aeroporto do Porto Santo.
A ANA solicita aos passageiros com voos marcados, para hoje e para domingo, que se informem sobre o estado dos mesmos, antes de se deslocarem para o aeroporto.
Hoje é o primeiro dia da greve convocada pelo Sindicato dos Técnicos de 'Handling' de Aeroportos (STHA), como protesto pela "situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias" que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde fevereiro de 2021.
A paralisação vai prolongar-se pelos dias 18 e 31 de julho, 01 e 02 de agosto, o que levou a ANA a alertar para constrangimentos nos aeroportos nacionais, cancelamentos e atrasos nos voos assistidos pela Groundforce, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.
Além desta greve, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24:00 do dia 31 de outubro de 2021.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.
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