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"Criámos o mais abrangente, massificado e gratuito sistema de testagem"

Fernando Medina foi o convidado desta quinta-feira na 'Grande Entrevista' da RTP3. A detenção de Luís Filipe Vieira e o envio de dados à Embaixada da Rússia foram também temas 'em cima da mesa'.

"Criámos o mais abrangente, massificado e gratuito sistema de testagem"
Notícias ao Minuto

23:55 - 08/07/21 por Notícias ao Minuto

Política Fernando Medina

Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa desde abril de 2015, foi o entrevistado de Vítor Gonçalves na 'Grande Entrevista', da RTP3, esta quinta-feira, com a detenção de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, a pandemia da Covid-19 e o envio de dados à Embaixada da Rússia a serem temas que estiveram em cima da mesa.  

A detenção de Vieira foi o primeiro assunto abordado, com o autarca a desejar que "rapidamente seja feita uma investigação, seja ou não deduzida uma acusação e, havendo acusação, que ela seja julgada com rapidez". "Creio que é isso que todas as pessoas desejarão neste e noutros processos", apontou ainda Fernando Medina.

Questionado sobre a sua 'presença' na Comissão de Honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do 'encarnados', o autarca frisou que se "tratou de um apoio pessoal, limitado no tempo". E "nada implica com as minhas decisões do ponto de vista político", fez questão de salientar. 

Seguindo para a pandemia na região de Lisboa e Vale do Tejo - no dia em que o Governo de António Costa determinou que será necessário o certificado digital ou um teste negativo -, o presidente da Câmara da capital disse defender "que devemos adotar as medidas que hoje sabemos que são mais eficazes, utilizando as melhores técnicas para a contenção"

Em Lisboa, acrescentou, "nós criámos o mais abrangente, massificado e gratuito sistema de testagem desde o primeiro dia do desconfinamento, em março, em que cada munícipe pode ter testes gratuitos sem limite nas farmácias e em centros móveis e fixos da cidade"

Já sobre os centros de vacinação existentes na capital, Fernando Medina esclareceu que estes "são montados, do ponto de vista da sua infraestrutura, pela Câmara de Lisboa, todo o pessoal não na área da enfermagem é do município e cerca de 700 enfermeiros são contratados pelo município para assegurar a expansão da capacidade destes centros". 

"Estou do lado daqueles que acham uma irresponsabilidade nós ignorarmos o crescimento da pandemia, mas acho também temos de adaptar as medidas aos instrumentos que hoje temos", apontou.

Envio de dados à Embaixada da Rússia

Sobre o envio de dados à Embaixada da Rússia - que colocou Medina e a autarquia 'debaixo de fogo' - Fernando Medina começou por explicar que "não são as Câmaras quem autoriza as manifestações". E explicou como ocorre o processo: "A Câmara limita-se a receber o aviso entregue pelo manifestante. E o que faz? Pega nesse aviso, digitaliza, e reencaminha para a PSP e para o MAI".

Frisando que, "durante 9 anos, recebemos cerca de quatro avisos de manifestação por dia", o presidente e recandidato acrescentou que "o funcionamento de uma máquina nas situações normais - que durante quase uma década nunca causou qualquer problema, porque era natural -, neste caso, que era de grande sensibilidade, não podia ter acontecido".

As promessas na apresentação da candidatura

De recordar que o atual presidente da Câmara de Lisboa prometeu creches gratuitas "para as famílias jovens da classe média que residam" na capital até ao final do próximo mandato, caso seja reeleito. Num momento em que o país e, em especial, a capital enfrentam uma "quarta vaga da pandemia", o autarca lembrou, na apresentação da sua candidatura, que "estamos confrontados com uma nova prova à nossa resistência, força e determinação"

"Quero, por isso, começar por ser muito claro: Nada neste tempo se sobreporá à nossa missão de proteger Lisboa e os lisboetas. Nenhuma ação nos distrairá do fundamental, designadamente, de apoiar os mais necessitados, de apoiar a economia e o emprego, de promover a testagem em massa e de apoiar a aceleração da vacinação", garantiu. 

O executivo de Lisboa é, atualmente, composto por oito eleitos pelo PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do Lisboa é Muita Gente), um pelo BE, quatro pelo CDS-PP, dois pelo PSD e dois pela CDU.

Para a corrida à presidência da autarquia, foram até agora anunciadas as candidaturas de Fernando Medina (PS), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), João Ferreira (CDU), Bruno Horta Soares (IL), Nuno Graciano (Chega), Beatriz Gomes Dias (BE), Manuela Gonzaga (PAN), Rui Tavares (Livre) e Tiago Matos Gomes (Volt).

As eleições autárquicas estão marcadas para 26 de setembro.

Leia Também: Medina apresenta recandidatura a Lisboa "em momento de grave exigência"

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