Luís Marques Mendes destacou, este domingo, que a corrida à liderança do Partido Socialista (PS) já começou e que a líder parlamentar socialista Ana Catarina Mendes é um dos nomes possíveis. 

"Já se percebeu que, provavelmente, em 2023, António Costa vai deixar a liderança do PS e do Governo e esta sucessão já começou", denotou o ex-líder do PSD, no seu espaço de comentário semanal, na SIC. 

De acordo com Marques Mendes, no que diz respeito aos possíveis sucessores de António Costa, o ministro Pedro Nuno Santos é quem "está em melhores condições para ser líder do PS". Contudo, o governante enfrenta oposição dentro do partido. 

"Há muito boa gente no PS, talvez até a começar pelo primeiro-ministro, que não quer [que Pedro Nuno Santos se torne secretário-geral]", atirou. 

Posto isto, a aposta para a liderança recairia em Fernando Medina. No entanto, segundo Marques Mendes, o atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa "já deu todos os sinais de que não está virado para essa guerra".

"Acredito que, mais facilmente, Fernando Medina pode ser em 2026 candidato a Presidente da República, se as coisas lhe correrem bem, do que a candidato a líder do PS", conjeturou. 

Assim, para o comentador, é aqui que "surge alguma chance" para Ana Catarina Mendes, que "estará a tentar também esta oportunidade". 

"É uma espécie de segunda escolha. Não sei se lá chegará, se terá condições, mas é tudo isto que alimenta um bocadinho, estas guerras, estes conflitos, estes problemas e disputas internas", afirmou, referindo-se à polémica instalada entre a líder parlamentar e Pedro Nuno Santos. 

Sobre a controvérsia, Marques Mendes classificou ainda toda a situação de "surreal". 

"Tudo isto surreal. Primeiro, por um ministro andar numa polémica em praça pública com um gestor de uma empresa. Mas, mais surreal encaro o facto da líder parlamentar, que apoia o Governo, vir criticar o ministro. É uma decisão que não é correta nem é inteligente", disse. 

O antigo dirigente partidário argumentou que Ana Catarina "não é uma comentadora, é uma líder parlamentar" e que, portanto, "não deve vir a público desautorizar um ministro mesmo que dele discorde". 

Para Marques Mendes, a críticas da socialista também não foram uma jogada muito inteligente por só provocam "anticorpos e animosidades". 

É de recordar que em causa estão os reparos feitos por Ana Catarina Mendes a Pedro Nuno Santos por este criticado no espaço público a Ryanair e o seu presidente pelas posições divulgadas sobre a TAP.

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