"A confirmarem-se estas projeções, o professor Marcelo Rebelo de Sousa, candidato apoiado pelo CDS, irá ser reeleito já à primeira volta. É sem dúvida um resultado que, se se confirmarem as projeções, enche o CDS de satisfação porque o seu candidato conseguiu revalidar o resultado que tinha obtido há cinco anos", realçou o dirigente, que saudou o Presidente da República.

O vice-presidente centrista falava aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, depois de conhecidas as projeções das televisões que dão a vitória a Marcelo Rebelo de Sousa, à primeira volta, e colocam Ana Gomes em segundo lugar e André Ventura em terceiro.

António Carlos Monteiro considerou que, "em eleições presidenciais, não há segundos lugares, há primeiro lugar", e notou que, "sendo esse primeiro lugar alcançado à primeira volta, não há também a segunda volta que alguns candidatos desejavam".

Assim, na sua ótica "este resultado confirma a derrota daqueles que, quer à esquerda, quer à direita, tentaram forçar essa segunda volta".

Sobre o resultado do candidato apoiado pelo Chega, André Ventura, o dirigente democrata-cristão defendeu que, de acordo com a história, "as maiorias presidenciais esgotam-se na noite em que há essa mesma eleição".

Considerou também que "não é possível transpor resultados de eleições presidenciais para aquilo que são depois os interesses partidários que suportam esses mesmos candidatos presidenciais".

"Isso significa que é preciso que, à direita, se construa uma alternativa que tenha a credibilidade e a força que esta candidatura presidencial teve, e esse é um desfio que está feito aos partidos que se encontram neste espaço político e que procuram construir, procuram unir e não dividir. Por isso mesmo, o CDS apoiou a candidatura do professor Marcelo Rebelo de Sousa porque, para nós, era absolutamente incompreensível que, havendo um Presidente de centro e direita, da direita social, que à direita se procurasse dividir esse espaço e forçar uma segunda volta", frisou.

Admitindo que, à esquerda, "era natural que o tentassem fazer", António Carlos Monteiro salientou que "a esquerda acaba por ter uma rotunda derrota nesta noite das eleições presidenciais".

O centrista aproveitou ainda para saudar "todos os portugueses que foram às urnas" e todos os que "estiveram envolvidos neste ato eleitoral, em especial aqueles que estiveram nas mesas".

As projeções da RTP, SIC e TVI apontam para uma vitória de Marcelo Rebelo de Sousa nas presidenciais de hoje, com a socialista Ana Gomes em segundo e André Ventura, do Chega, em terceiro.

Com estes resultados, em que Marcelo tem mais de 50%, o atual Presidente da República ganha as eleições à primeira volta, de acordo com estas três projeções.

Para a décima eleição do Presidente da República, desde a instauração da democracia em 25 de Abril de 1974, estavam inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que no sufrágio anterior, em 2016.

Foram sete os candidatos ao Palácio de Belém: Além do atual Presidente e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa, apoiado pelo PSD e CDS-PP, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e antiga eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

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