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Costa e PSD em confronto sobre projeto do hidrogénio em Portugal

O PSD exigiu hoje transparência no desenvolvimento do projeto industrial de hidrogénio, com a abertura de um concurso público internacional na escolha dos parceiros do Estado, com o primeiro-ministro a manifestar-se "perplexo" com esta linha dos sociais-democratas.

Costa e PSD em confronto sobre projeto do hidrogénio em Portugal
Notícias ao Minuto

12:03 - 24/07/20 por Lusa

Política Estado da Nação

Na segunda ronda de perguntas dirigidas a António Costa, durante o debate sobre o estado da nação, o deputado social-democrata Luís Leite Ramos criticou a centralização que está a ser feita no que respeita ao projeto do hidrogénio, com a preferência de Sines em relação a Estarreja, mas também "a ligeireza" da atuação dos poderes públicos.

Luís Leite Ramos estimou em 2,7 mil milhões de euros o valor em causa e exigiu "transparência" nas decisões que forem tomadas pelo Governo.

"Como vão ser escolhidos os parceiros neste projeto? Com um concurso público internacional ou vão ser escolhidos a dedo sem qualquer transparência? Vamos ter rendas excessivas no hidrogénio?", perguntou o deputado do PSD.

Na resposta, o primeiro-ministro manifestou-se "muito perplexo" com esta intervenção e deixou uma farpa ao referir-se ao programa económico do Conselho Estratégico Nacional dos sociais-democratas.

"Em vez de anunciar aqui as seis Autoeuropas que prometeu ao país, a única coisa que o PSD diz é que é contra o projeto industrial inovador e mobilizador em torno do hidrogénio. É extraordinária a posição do PSD", comentou o líder do executivo.

Nesta segunda ronda de perguntas, o primeiro-ministro procurou também afastar a pressão do Bloco de Esquerda para a alteração das leis laborais na sequência de intervenções do líder parlamentar, Pedro Filipe Soares, e do dirigente bloquista Jorge Costa.

"A resposta não é proibir os despedimentos, porque proibir os despedimentos é provavelmente destruir empresas e gerar mais despedimentos. O que temos de fazer para garantir emprego é prosseguir uma estratégia de reanimação da economia, de forma a garantir a sustentabilidade e o futuro", contrapôs António Costa.

O deputado do PCP António Filipe abriu a segunda ronda de perguntas ao líder do executivo com um desafio paria que a projetada reindustrialização do país pelo Governo não tenha como resultado "benefícios aos mesmos grupos económicos de sempre e grupo estrangeiros".

"Quem são os beneficiários desse Plano de Recuperação 2020/2030", questionou António Filipe, numa alusão ao documento do gestor e professor universitário António Costa Silva.

A líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real, considerou essencial que o Governo apresente uma estratégia nacional de combate à corrupção, flagelo que estimou custar ao país por ano cerca de 18 mil milhões de euros.

"No domínio da justiça, as medidas contidas no Plano de Recuperação 2020/2030 são insuficientes", sustentou a líder parlamentar do PAN em nova alusão ao programa esta semana apresentado pelo consultor do Governo.

Pela parte do PS, falaram o dirigente Porfírio Silva sobre os desafios do regresso ao ensino presencial, a líder da JS, Maria Begonha, sobre a precariedade jovem no mercado de trabalho, e o vice-presidente da bancada socialista Carlos Pereira, este para atacar as "políticas de austeridade" seguidas na anterior resposta à crise por PSD e CDS.

Pela parte do PSD, Paulo Moniz defendeu que os Açores são a região mais afetadas pela pandemia da convid-19 em termos de Produto Interno Bruto, entre 15 e 20%, com uma perda de cerca de mil milhões de euros.

Paulo Moniz pediu que o aumento de endividamento de 400 milhões de euros para os Açores saia dos programas europeus acordados esta semana entre os líderes dos diferentes Estados-membros.

Sara Madruga da Costa, do PSD/Madeira, exigiu ao primeiro-ministro "uma relação de verdade e sem adiamentos" com a sua região autónoma.

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