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PSD critica escolha "parcial" para a Assembleia Municipal de Loulé

A eleição do antigo vice-presidente da Câmara Hugo Nunes para presidir à Assembleia Municipal de Loulé foi hoje criticada pelo PSD, que acusou a maioria PS de uma escolha "parcial" para substituir o demissionário Adriano Pimpão.

PSD critica escolha "parcial" para a Assembleia Municipal de Loulé
Notícias ao Minuto

13:11 - 16/07/20 por Lusa

Política Algarve

O antigo reitor da Universidade do Algarve Adriano Pimpão anunciou em 26 de junho que iria renunciar à presidência da Assembleia Municipal, que exercia desde 2013 como independente eleito pelo PS, "magoado" com "as pressões" da maioria socialista para ser "mais parcial" e com a "falta de transparência" municipal em áreas como o urbanismo.

A demissão levou à escolha de um sucesso e Hugo Nunes foi eleito para presidir à Assembleia Municipal na terça-feira, com ampla margem, garantida pela maioria absoluta socialista, mas com a oposição do PSD.

Adriano Pimpão explicou à Lusa, após anunciar a renúncia, que deixava o cargo por causas relacionadas com a "necessidade de reforma dos serviços da Câmara e do atendimento ao munícipe" para a gestão autárquica ser "mais transparente", sobretudo na área do urbanismo.

"A Câmara tem uma fama que não enobrece os órgãos autárquicos nem o município, porque, normalmente, o atendimento ao munícipe é um calvário e alguns técnicos que apresentam projetos recusam-se a trabalhar com o município de Loulé porque não percebem os critérios e a forma de decisão é pouco transparente", concretizou na ocasião o demissionário presidente.

Adriano Pimpão disse que sempre defendeu seguir a tendência de "muitos municípios que estão a reformar a administração e a criar lojas de munícipes" para permitir que os cidadãos "sigam via 'on-line' os processos que entram" na autarquia, e esperava que este fosse o rumo após as eleições de 2017, mas lamentou que "o PS em Loulé não tenha feito isso".

O professor catedrático recordou que, em 2017, com a maioria absoluta do PS no executivo e na Assembleia Municipal, sentiu que havia "uma oportunidade" para seguir essa tendência e o sentimento era de "alguma esperança", mas depois as coisas "foram-se degradando".

A escolha de Hugo Nunes para presidir à Assembleia Municipal é agora criticada pelo principal partido da oposição, o PSD, ao considerar num comunicado que a liderança camarária socialista, a cargo de Vítor Aleixo, acabou por "designar [...] fervoroso militante do PS" para um cargo que devia "primar pela isenção", depois de "ter levado à demissão" de Adriano Pimpão "por suspeitas de parcialidade na gestão de processos ligados ao urbanismo".

O PSD lembrou que Hugo Nunes foi vice-presidente da Câmara Municipal de Loulé, entre 2013 e 2017, e administrador do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, e salientou que será, "segundo tudo indica, futuro candidato à Câmara Municipal de Loulé nas eleições de 2025".

Os social-democratas consideraram que o presidente da Assembleia Municipal "deveria primar pela isenção e pelo rigor na condução dos trabalhos", enquanto a escolha de Hugo Nunes permite que estejam "reunidas todas as condições para que este órgão, de extrema importância na fiscalização da gestão dos dinheiros públicos, não cumpra as suas funções".

"O PS/Loulé prepara-se, assim, para fazer o que é usual, sempre que sobre ele recaem suspeitas de gestão danosa dos dinheiros públicos. A parcialização da Assembleia Municipal, sob a liderança do dr. Hugo Nunes, permitirá branquear todas as situações menos transparentes que têm ocorrido desde o início do mandato deste executivo, colocando na agenda apenas os temas confortáveis para Vítor Aleixo e para os seus vereadores terem a possibilidade de se vangloriar dos seus feitos, deixando de fora tudo o resto", criticou ainda o PSD.

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