George Floyd: "Também aqui, em Portugal, o racismo estrutural vive"
Cinco cidades do país acolhem este sábado manifestações contra o racismo, associando-se à luta pela dignidade humana na sequência da morte de George Floyd.
© Global Imagens
Política Bloco de Esquerd
A coordenadora do Bloco de Esquerda vai estar presente na manifestação contra o racismo. "Faço-o em homenagem a George Floyd, que foi brutalmente assassinado nos EUA. Mas faço-o também em solidariedade com todos aqueles que, em Portugal e por todo o mundo, sofrem o efeito do preconceito e da discriminação", sublinhou numa publicação no Twitter.
Cinco cidades portuguesas juntam-se este sábado à campanha de solidariedade mundial contra o racismo, associando-se à luta pela dignidade humana na sequência da morte, a 25 de maio, do afro-americano George Floyd, sob custódia da polícia dos Estados Unidos.
As iniciativas vão decorrer em Lisboa, Porto, Braga, Coimbra e Viseu no quadro da ação mundial 'Black Lives Mater'.
Os organizadores visam protestar contra a morte de Floyd em Minneapolis, no estado norte-americano do Minnesota (Estados Unidos), depois de ter sido pressionado no pescoço pelo joelho de um polícia, com a ajuda de outros agentes ajoelhados nas suas costas.
Hoje estarei presente na manifestação contra o racismo. Faço-o em homenagem a George Floyd, que foi brutalmente assassinado nos EUA. Mas faço-o também em solidariedade com todos aqueles que, em Portugal e por todo o mundo, sofrem o efeito do preconceito e da discriminação. #blm https://t.co/0aSfkXZEGR
— Catarina Martins (@catarina_mart) June 6, 2020
Os protestos em Portugal visam também repudiar a designação pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dos movimentos antifascistas como grupos terroristas.
Uma gigantesca manifestação de “gente que se levanta contra o racismo em solidariedade com todos aqueles que protestam nos Estados Unidos, mas sabendo que também aqui, em Portugal, o racismo estrutural vive” - @catarina_mart pic.twitter.com/vnmIerkf0R
— Bloco de Esquerda (@EsquerdaNet) June 6, 2020
A campanha mundial de solidariedade prossegue também noutros países com idênticos objetivos, nomeadamente em Londres, Varsóvia, Paris, Melbourne, Tunes, além de Washington e outras cidades dos Estados Unidos.
A morte de Floyd, que contava 46 anos, aconteceu depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de a vítima dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.
Mais de 10.000 pessoas foram detidas e o recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque.
Os quatro polícias envolvidos no incidente foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi detido, acusado de assassínio em segundo grau e de homicídio involuntário. Os três outros agentes foram, entretanto, acusados por cumplicidade. O julgamento começa segunda-feira.
A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.
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