Joacine Katar Moreira deixou, no Facebook, uma reação à morte do cidadão ucraniano que ocorreu este mês no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. A deputada não inscrita acredita que "a intenção dos agentes não fosse matar e sim castigar exemplarmente. Torturar exemplarmente."
A nota de Joacine começa por revelar que lhe têm pedido "reações à morte do cidadão ucraniano às mãos do SEF". Continua, afirmando que "há muito para dizer sobre o tratamento do SEF dado aos imigrantes ou a todos aqueles que procuram um futuro em Portugal, para si e para os seus, vindos de países menos privilegiados."
"Para os imigrantes, o SEF é visto como a entidade mais implacável e mais temida, pois faz do seu caráter abstrato e burocrata opressão, feita lei", considera ainda a deputada.
"Com base no que acontece com a relação entre as minorias étnicas e a polícia", Katar Moreira escreve também que "este indivíduo seria depois acusado de resistência e constituído arguido ou expulso. Mas faleceu. Como podiam ter falecido alguns outros ao longo destes anos".
Lamentando a morte do cidadão e prestando condolências, a mensagem termina com uma indicação: "Ao SEF, não bastam as demissões mas a averiguação cuidada de tudo o que aconteceu e respetivas responsabilidades, bem como devida punição a quem disso faz parte, direta ou indiretamente".
De recordar que, esta segunda-feira, a Polícia Judiciária (PJ) deteve três presumíveis autores de crime de homicídio, no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Os detidos são três homens, de 42, 43 e 47 anos, que integram os quadros do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).