PCP alerta para falta de investimento na ferrovia a Norte
O PCP alertou hoje para a "carência de trabalhadores" e a necessidade de "um investimento significativo" na ferrovia a Norte, nomeadamente na Área Metropolitana do Porto (AMP), onde "apenas quatro bilheteiras funcionam até às 20h00 ou 21h00".
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Política Ferrovia
"É preciso que o investimento anunciado [pelo Governo] se concretize. As boas intenções ainda não passaram de boas intenções. Para além da necessidade de mais material circulante para responder a um aumento da procura, há carência de trabalhadores, levando a que algumas bilheteiras apenas funcionem de manhã, por exemplo, e que em toda a AMP apenas quatro estejam abertas até às 20:00 ou 21:00", descreveu à Lusa a deputada Diana Ferreira, após uma reunião com o Sindicato Nacional dos Ferroviários e com as Comissões de Trabalhadores da Comboios de Portugal (CP), da Infraestruturas de Portugal (IP) e da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF).
Diana Ferreira falou na "necessidade de um investimento significativo, quer de material circulante quer de condições para o reparar, e de trabalhadores", revelando que vai questionar o Governo sobre os planos para a ferrovia, nomeadamente na zona Norte e do Grande Porto.
"A confirmarem-se os investimentos, eles não podem ser feitos sem mais trabalhadores. Esta foi uma das preocupações que os funcionários nos transmitiram", referiu a deputada.
A reativação da oficina de Guifões, Matosinhos, foi anunciada no verão como parte do plano do Governo para recuperar comboios que tinham sido abandonados, até que chegue, em 2023, a encomenda de 22 novos comboios, revelou então o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
Em junho, o governante referiu um plano de investimento de 45 milhões de euros para recuperar cerca de 70 unidades de "material circulante encostado" e contratar 187 trabalhadores para CP e EMEF, entre 2019 e 2022.
O responsável pela tutela revelou ainda que o executivo pretende "iniciar o processo de fusão" entre a empresa pública de transporte por caminhos-de-ferro e a empresa de manutenção do material circulante até 31 de dezembro, para "otimização dos recursos e melhor articulação".
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