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Rui Moreira diz que secundarização do nome de Rosa Mota é "falsa questão"

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse hoje que a questão da secundarização do nome da atleta Rosa Mota na designação do pavilhão do Palácio de Cristal "é uma falsa questão".

Rui Moreira diz que secundarização do nome de Rosa Mota é "falsa questão"
Notícias ao Minuto

17:11 - 31/10/19 por Lusa

Política Rui Moreira

Numa resposta à antiga vereadora do PS na Câmara do Porto Manuela de Melo, que abandonou a Comissão da Toponímia por causa da polémica em torno do nome do pavilhão, Rui Moreira diz que, "com efeito, sendo discutível, do ponto de vista da imagem e da sonoridade fonética, se é mais ou menos importante nomear em primeiro lugar ou em último lugar o nome da Rosa Mota, a verdade é que, nesse aspeto, nada mudou".

Segundo notícia hoje o Jornal de Notícias (JN), Manuela de Melo deixa a Comissão de Toponímia "por entender que não faz sentido continuar após o desrespeito por um dos símbolos mais consensuais do povo do Porto", referindo-se à polémica sobre o nome Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota dado ao pavilhão.

"A questão de secundarização do nome da atleta na designação é, também, uma falsa questão", afirma Rui Moreira na carta enviada a Manuela de Melo e divulgada à imprensa.

De acordo com o JN, numa carta dirigida ao presidente da autarquia, a socialista refere que a decisão não foi tomada de "ânimo leve", devendo-se à "submissão da Câmara à imposição do consórcio Círculo de Cristal".

A Lusa tentou contar Manuela de Melo, mas até ao momento sem sucesso.

Na missiva, Rui Moreira, que diz só ter tido conhecido da carta pela comunicação social, cita a proposta aprovada por unanimidade em reunião de câmara, em 1988, onde o então presidente Fernando Cabral propunha que fosse "atribuído o nome de Rosa Mota ao Pavilhão de Desportos implantado nos jardins do Palácio de Cristal", passando a designar-se "Pavilhão de Desportos Rosa Mota".

"Ora, o que o presente executivo deliberou foi a substituição da terminologia "Desportos" - que hoje, como é consabido, não faz sentido por ser demasiadamente redutor - por uma designação comercial", defende Moreira.

O autarca salienta ainda que a deliberação de 1988 assumia outros compromissos, "que não foram cumpridos", entre eles, aqueles em que Manuela de Melo participou, um deles foi a atribuição a uma artéria da cidade, de preferência na Foz, do nome da atleta.

"Essa sim, era uma eventual competência da comissão de toponímia de que faz parte", afirma o independente, sublinhando que "a frontal discordância da atleta quanto à forma como a comunicação do equipamento estava a ser feita" apenas lhe chegou na passada semana.

Moreira termina a carta endereçada a Manuela de Melo com um desabafo: "aflige-me, isso sim, que tanta gente notável tenha durante anos fechado os olhos perante a degradação e a decadência do pavilhão, dos jardins do Palácio de Cristal, que, entretanto, reabilitamos", conclui.

O Pavilhão Rosa Mota, agora intitulado "Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota", foi inaugurado na segunda-feira sem a presença da atleta e dos vereadores do PS, PSD e CDU que não se conformam com a "menorização" do nome da campeã olímpica.

Na cerimónia de reabertura, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira passou praticamente ao lado da polémica, enfatizando que de antes de haver um Porto conhecido pelo desporto e pela cultura, "já o era devido ao Vinho do Porto".

E acrescentou: "hoje não é dia de queixas, mas de estarmos muito satisfeitos".

No dia 8 de outubro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, durante um intervalo na audição dos partidos para inaugurar o programa desportistas no Palácio de Belém, que "a Rosa Mota é mais importante do que todos os governos ou presidentes de Portugal".

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