Se tivesse saído em agosto, ex-secretário de Estado saía "com dignidade"
Marques Mendes advoga que se José Artur Neves tivesse saído em agosto, teria saído "com dignidade". Assim sendo, "saiu pelas portas do fundo".
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Política Marques Mendes
A demissão do secretário de Estado da Proteção Civil, na sequência da investigação do Ministério Público sobre o caso das golas antifumo, ainda faz eco nos programas de comentário televisivo, tendo Marques Mendes considerado, este domingo, que a saída de José Artur Neves era “inevitável” mas acabou por ser “tardia”.
Para o comentador, há três culpados nesta demissão tardia - "o próprio, o ministro e o primeiro-ministro”.
Marques Mendes entende que se o governante tivesse saído em agosto, aquando da saída do seu adjunto, teria saído “pelo próprio pé e com dignidade”. “Assim, saiu pela porta dos fundos e sai empurrado pela Justiça, pelo Ministério Público. Sai mal”, analisa.
Na ótica do social-democrata, Eduardo Cabrita tem culpa no cartório porque, em agosto, rejeitou existir qualquer polémica, dizendo aliás que a confusão “era culpa dos jornalistas e dos comentadores”. “Agora, um mês depois, como se vê, ele ficou sem um secretário de Estado e tem o presidente da Proteção Civil constituído arguido”, sublinha.
Quem também não escapa às culpas é António Costa. “Nestas ocasiões, tem aquele vício que é muito próprio dos primeiros-ministros mas que eu acho que é um erro enorme, que é disfarçar, chutar para canto, empurrar com a barriga, ou seja, andar sempre atrás dos acontecimentos e do prejuízo. Em vez de resolver, adia”, comenta.
E concluindo refere que a saída do secretário de Estado em agosto “praticamente passava despercebida, não teria grande desgaste em período de férias”, o mesmo não se passa durante uma campanha eleitoral.
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