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"Sondagens fizeram o essencial: Prejudicar o PSD. Da fama não se livra"

Para Joaquim Jorge "as sondagens são contraproducentes. Passam a ideia de que o PS já ganhou com maioria absoluta".

"Sondagens fizeram o essencial: Prejudicar o PSD. Da fama não se livra"
Notícias ao Minuto

18:26 - 16/09/19 por Filipa Matias Pereira

Política Legislativas

Apesar de a campanha eleitoral decorrer entre os dias 22 de setembro e 4 de outubro, "como é habitual já andamos em campanha eleitoral há muito tempo". A opinião é de Joaquim Jorge que, num artigo enviado à redação do Notícias ao Minuto, realça "a elevação e a educação" dos candidatos nos debates que têm sido realizados. Em anos anteriores, pelo contrário, assistia-se a "gritaria e verborreia a ver qual era o melhor" candidato e qual "se conseguia fazer ouvir mais alto".

No entendimento do biólogo de formação, "os debates, de um modo geral, atingiram a maioridade e isso é bom para esclarecer quem ainda tem dúvidas". As sondagens, indica ainda o fundador do Clube dos Pensadores, "são contraproducentes e passam a ideia que o PS já ganhou com maioria absoluta ou perto disso. Quem é responsável por sondagens deveria saber que o mal feito, mal feito está, venha de onde vier".

Para o comentador, "as sondagens demonstram uma intenção: fazer crer que o PS pode ter uma maioria absoluta". A perceção de Joaquim Jorge, pelas conversas que vai tendo amiúde, "é que o PS ganha, mas a diferença para o PSD não será tão grande". Ora, recorde-se, de acordo com uma sondagem da Pitagórica para a TSF e para o JN divulgada esta segunda-feira, o PS vence as eleições legislativas de 6 de outubro mas vê diminuir a vantagem sobre o PSD, que se situa agora nos 15,9 pontos percentuais. Saliente-se inclusive que há cerca de uma semana a sondagem da SIC e do Expresso dava 42% de intenções de voto ao Partido Socialista.

No geral, acredita, "as sondagens já fizerem o essencial: prejudicaram o PSD. O dano está feito e dificilmente o PSD se vai recompor dessa ideia de que já perdeu e por muitos. Da fama já não se livra". Defende ainda o biólogo que nas sondagens "o fator abstenção não está a ser tido em conta com o devido relevo. Por outro lado, muitas pessoas que não iriam votar, e são contra uma maioria absoluta, podem decidir ir votar para evitá-la".

Aconselha Joaquim Jorge que "os portugueses devem pensar muito bem em passar cheques em branco. O PS, se vencer sem maioria absoluta, com quem se vai coligar? Vai procurar formar um governo sozinho com apoio de incidência parlamentar como aconteceu até agora com o BE e PCP? Ou vai coligar-se em modo de governo distribuindo pastas a esses partidos? O PS vai aliar-se ao PAN em modo parlamentar ou em modo governo?", questiona.

"Pelo que se vê", continua, "o PS é o único partido em condições de articular uma maioria suficiente para formar governo ou sozinho ou em coligação. Não é excessivo nem quimérico pensar-se que as sondagens se podem enganar. O debate de hoje à noite entre Rui Rio e António Costa pode ajudar a dissipar algumas dúvidas".

Acredita o fundador do Clube dos Pensadores que "não nos podemos resignar à ideia que vai correr tudo mal para o PSD e tudo bem para o PS. Por experiências anteriores, os portugueses sabem e sentiram na pele o que são maiorias absolutas", termina. 

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