PAN defende "estado de emergência climática" com plano de transição
O PAN saúda a greve mundial dos estudantes pelo clima de sexta-feira, defendendo uma declaração de "estado de emergência climático", acompanhada de medidas para a independência energética renovável e soberania alimentar.
© PAN
Política Clima
"A nossa primeira medida é declarar o estado de emergência climático, que terá de ser acompanhado de um plano de transição económico e social, para se criar empregos 100% verdes, com qualidade e de longo prazo, fazer a transição para uma economia descarbonizada, descentralização da produção, consumo e distribuição do consumo de energia 100% renovável", defendeu Francisco Guerreiro em declarações à Lusa.
O cabeça de lista do PAN às eleições europeias de domingo agradeceu aos jovens a sua ação pelo ambiente, sublinhando o "modo político mas apartidário" com que têm agido: "Isso é relevante, unirmo-nos em torno de causas".
A energia renovável acessível aos cidadãos, famílias, e empresas, insere-se num "processo de independência energética" defendido pelo PAN, que pede também formas de "incluir as pessoas no processo de decisão" para "democratizar a transição energética", com um "orçamento comunitário participativo".
Francisco Guerreiro sublinhou igualmente a importância da "soberania alimentar" para o combate às alterações climáticas, sustentando que a importação de alimentos "tem uma pegada que nunca é internalizada no custo final".
"Gastamos cerca de 20% do orçamento comunitário a financiar uma indústria altamente poluente, que é a indústria da agropecuária. Achamos que esse dinheiro deve ser canalizado para outros métodos de produção de alimentos, mais sustentáveis, nomeadamente, agricultura biológica, que também fixará mais pessoas no interior e criará uma riqueza estável, porque protege os ecossistemas, os solos, os aquíferos", argumentou.
Marcada para 24 de maio, a segunda greve mundial de estudantes pelo clima pretende mais uma vez exigir dos políticos ações concretas contra as alterações climáticas e deverá levar para as ruas milhares de alunos de todas as idades em todo o mundo.
A primeira greve de estudantes pelo clima aconteceu a 15 de março deste ano e juntou, segundo a organização, pelo menos 1,6 milhões de jovens de 125 países, incluindo Portugal, onde se realizaram protestos em mais de 20 cidades.
Os estudantes inspiram-se na jovem ativista Greta Thunberg, de 16 anos, que todas as sextas-feiras falta às aulas, indo para junto do parlamento da Suécia em protesto contra o que chama de "crise climática".
A ativista sueca tem criticado os políticos por "nada estar a ser feito para deter a destruição do clima" em discursos no Parlamento Europeu, no senado italiano ou em reuniões com deputados ingleses.
Em Portugal, a comissão parlamentar de Ambiente aprovou por unanimidade, em 7 de maio, uma proposta para convidar a jovem ambientalista sueca a discursar na Assembleia da República.
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