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Jerónimo acusa "direita económica" de "empreitada de notícias" contra PCP

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou a "direita económica" de lançar uma "empreitada" de notícias visando altos dirigentes comunistas por não perdoar o contributo do partido para a solução de Governo.

Jerónimo acusa "direita económica" de "empreitada de notícias" contra PCP
Notícias ao Minuto

06:45 - 02/03/19 por Lusa

Política Declarações

"Nunca aproveitei nada da política", assegurou o líder comunista, em entrevista à agência Lusa, acrescentando logo a seguir: "queria e vou conseguir sair com a consciência tranquila de que, no quadro das minhas limitações, e naturalmente dos meus defeitos, procurei fazer o meu melhor pelo meu povo e pelo meu país".

Jerónimo de Sousa referia-se a notícias que têm vindo a público, designadamente sobre um alegado favorecimento do genro pela Câmara Municipal de Loures, liderada pelo seu camarada Bernardino Soares, e também do envolvimento do pai de João Ferreira, cabeça de lista da CDU às europeias, em despejos e negócios de alojamento local.

Depois de garantir que as referidas notícias "não vêm de dentro" do partido, o secretário-geral do PCP enquadrou-as numa "empreitada" promovida por elementos de uma certa "direita económica" que "não perdoam ao Partido Comunista Português a sua coerência, a sua determinação e a sua contribuição para a própria solução política encontrada".

O líder comunista admitiu que "o preço é alto", mas "há valores que deveriam ser respeitados".

"Seria curto apontarmos o dedo a este ou aquele profissional da comunicação social, não sei se são jornalistas, mas não interessa, que têm vindo a publicar essas notícias", afirmou.

"Uma operação em que diversos órgãos de comunicação social fizeram um trabalho à peça, convergente, não digam que não. De uma forma claramente articulada em que eu considero que existe um centro que coordena estas empreitadas que são distribuídas pelos diversos órgãos de comunicação social", acrescentou.

Jerónimo de Sousa considerou "chocante" o tipo de notícias vindas a público sobre elementos do PCP, reconhecendo que a sua "primeira reação foi um sentimento de indignação muito grande".

"Você imagina o que é não saber coisa nenhuma de negócios de trabalhos na câmara, nunca ter dado uma palavra a ninguém sobre qualquer favorecimento e vir um jornalista de microfone em riste perguntar: 'o fulano tal é seu genro?' Aliás, como aconteceu com o João Ferreira: 'se não foste tu, foi o teu pai'. Nunca acusaram. Fizeram pior: insinuaram, que como é sabido é sempre a base do boato", salientou.

Para o dirigente comunista, criou-se "um caldo inaceitável, mas claramente orientado" por uma certa "direita económica".

"Não perdoam ao PCP que pudesse estragar a festa em relação aos quatro anos que passaram e que eles pensaram que iam poder acabar com o resto. Não conseguiram", concluiu.

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