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Bloco vê "contradição" e "incoerência" na receita de Centeno no Eurogrupo

O BE reitera que nem Portugal tem nada a beneficiar nem nada mudou com Mário Centeno na presidência do Eurogrupo, apontando uma "contradição" entre a validação de políticas de austeridade na Europa e o caminho seguido pelo Governo português.

Bloco vê "contradição" e "incoerência" na receita de Centeno no Eurogrupo
Notícias ao Minuto

12:12 - 02/12/18 por Lusa

Política Mariana Mortágua

Em declarações à agência Lusa sobre o primeiro ano do ministro das Finanças português na presidência do Eurogrupo, data que se cumpre na terça-feira, a deputada e dirigente do BE Mariana Mortágua defende que Mário Centeno "prossegue a política do seu antecessor", que "no médio prazo e no longo prazo ameaça Portugal porque segue a política da validação de austeridade".

"O Bloco sempre disse que não haveria nenhuma mudança com a ida de Mário Centeno para o Eurogrupo. Nem o Eurogrupo iria mudar o seu pensamento sobre austeridade e sobre a política europeia nem Mário Centeno se transformaria relativamente àquilo que pensa", sustenta.

Este último ano, na opinião de Mariana Mortágua, provou "isso mesmo" uma vez que Mário Centeno, enquanto presidente do Eurogrupo, validou "as políticas de austeridade na Grécia, negou "a responsabilidade da própria Comissão Europeia e das políticas europeias no desastre económico e social que aconteceu nos países que aplicaram a austeridade".

"Às vezes até um bocadinho em contradição com aquilo que o Governo diz em Portugal, quando diz que foi rejeitando a austeridade, que foi possível ter um caminho de alternativa, um caminho diferente. Essa incoerência é obviamente patente", critica.

De resto, para a deputada do BE, "nada mudou e Portugal não tem nada a beneficiar" com o português na liderança do Eurogrupo.

"O que aconteceu em Portugal é que houve e foi mantida uma relação de forças que permitiu, em muitos casos, impedir novas medidas de liberalização e até contrariá-las. Mas isso é fruto da relação de forças e não de uma alteração do pensamento do Governo ou do ministro das Finanças sobre esta matéria", argumenta.

Mariana Mortágua insiste na ideia de que "há uma mudança de comportamento no Governo nos últimos meses, no último ano", uma "postura de alguma arrogância", mas que é de todo o executivo e não um exclusivo de Mário Centeno.

"O PS e o Governo do PS ao longo dos últimos meses entraram numa postura mais autossuficiente, um pouco mais altiva, um pouco mais arrogante. Já não é a primeira vez, aliás, que eu o digo e, portanto, acho que isso é percetível", lembra.

Mário Centeno cumpre na terça-feira, 4 de dezembro, um ano de mandato à frente do Eurogrupo, fórum informal de ministros das Finanças da zona euro, sucedendo a Jeroen Djsselbloem.

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