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Verdes europeus convocam congresso para eleger dois candidatos a Bruxelas

O Partido Verde Europeu inaugurou hoje a pré-campanha para as eleições europeias, "a mais importante" da história do Parlamento Europeu (PE), anunciando um congresso para eleger os seus dois representantes à corrida à presidência da Comissão Europeia.

Verdes europeus convocam congresso para eleger dois candidatos a Bruxelas
Notícias ao Minuto

13:05 - 16/11/18 por Lusa

Política Partidos

Numa conferência de imprensa em Bruxelas, os dois copresidentes dos Verdes europeus, Monica Frassoni e Reinhard Bütikofer, revelaram que o partido irá eleger os seus dois candidatos à sucessão de Jean-Claude Juncker num congresso que decorrerá em Berlim, entre os dias 23 e 25 de novembro.

Para aquela que Bütikofer definiu como "a mais importante campanha" da história do PE, os ecologistas europeus escolheram, tal como em 2014, uma fórmula distinta de outras famílias europeias, como o Partido Popular Europeu (PPE) ou o Partido Socialista Europeu (PSE), que apontaram um único candidato, respetivamente o alemão Manfred Weber e o holandês Frans Timmermans, à presidência do executivo comunitário.

No congresso, que reunirá partidos ecologistas de mais de 30 países europeus, o Partido Verde Europeu elegerá dois 'pretendentes' à sucessão de Juncker entre três candidatos: a belga Petra de Sutter, o holandês Bas Eickhout e a alemã Ska Keller, copresidente do grupo no PE e que já foi candidata dos Verdes à presidência da Comissão nas anteriores eleições europeias, em 2014, juntamente com o francês José Bové.

Os líderes do partido manifestaram a sua confiança no modelo de "Spitzenkandidaten" ¬- processo de designação do presidente da Comissão Europeia entre os cabeças-de-lista indicados pelas famílias políticas europeias à partida para eleições -, defendendo que este permite aos cidadãos escolherem quem querem que lidere o executivo comunitário e que reforça a "democratização" das instituições comunitárias.

Os Verdes, que atualmente contam com 52 dos 751 assentos na assembleia europeia, esclareceram ainda que só apoiarão como presidente da Comissão alguém que "partilhe os seus objetivos".

Na conferência de imprensa, na qual apresentaram 12 medidas "prioritárias" para a sua campanha europeia, os ecologistas europeus assumiram que esperam alcançar os 60 assentos parlamentares no PE nas eleições europeias de maio.

O PPE elegeu em 08 de novembro o alemão Manfred Weber num congresso em Helsínquia (Finlândia), enquanto o PSE irá confirmar Frans Timmermans, atual "número dois" da Comissão Europeia liderada por Jean-Claude Juncker, como candidato no congresso daquela família política, que se realiza entre 06 e 07 de dezembro em Lisboa.

Instituído por ocasião das anteriores eleições europeias, o modelo de "Spitzenkandidaten" não é tido como garantido para as eleições de 2019 no seio do Conselho Europeu, com vários chefes de Estado e ou de Governo, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, a sublinharem que, de acordo com os Tratados, cabe ao Conselho propor ao Parlamento Europeu um nome ao cargo de presidente da Comissão, "tendo em conta os resultados eleitorais", mas que, "no limite", pode não ser o candidato principal da força política mais votada.

Em fevereiro passado, o Conselho Europeu, reunido em Bruxelas, acordou que os grupos políticos europeus são livres de voltar a designar "candidatos principais" às eleições de maio de 2019, mas advertiu que não está contemplado nos Tratados da UE qualquer "mecanismo automático" que determine que o "Spitzenkandidat" do partido mais votado a nível dos 27 -- o Reino Unido já terá saído na altura da UE -- seja o futuro presidente da Comissão.

Já o PE reiterou, no mesmo mês, que o processo "é para manter", garantindo que rejeitará qualquer nome proposto pelos líderes europeus para o cargo de presidente da Comissão que não tenha sido designado "candidato principal" pelos partidos políticos europeus antes das eleições de maio de 2019.

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