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"Orçamento é tão bom que até a oposição o chama de eleitoralista"

Nos dois dias de debate na Assembleia da República, o primeiro-ministro marcou presença, assistiu a tudo o que por lá se passou, mas nem um palavra proferiu. Após aprovado o documento na generalidade, Costa quebrou o silêncio.

"Orçamento é tão bom que até a oposição o chama de eleitoralista"
Notícias ao Minuto

19:05 - 30/10/18 por Ana Lemos com Lusa

Política António Costa

Estava já o Orçamento do Estado para 2019 aprovado na generalidade, quando o primeiro-ministro, acompanhado pelo ministro das Finanças, saiu do hemiciclo e se dirigiu aos jornalistas, depois de ter estado em ‘silêncio’ durante os últimos dois dias de discussão da proposta do Governo.

Começando por salientar que foi um “passo importante para podermos continuar a melhorar a vida dos portugueses” e “a recuperar o que o país perdeu durante anos de crise”, António Costa esclareceu que falará no "debate final", após a discussão do OE na especialidade, e negou as críticas que ao longo destes dias lhe foram dirigidas de que estaria a fugir ao debate.

Até porque, destacou Costa, estamos perante um "Orçamento tão bom que, aliás, até a própria oposição o chama de eleitoralista”.

"Isso é que é a grande nota política deste debate. O Governo apresentou um bom orçamento, os partidos que viabilizaram este Governo defenderam este orçamento e a sua melhoria, [enquanto a] oposição revelou desnorte. Tanto criticaram o documento por ser despesista, como criticaram por não fazer a despesa suficiente. Aquilo que sai daqui é que a oposição não apresenta uma alternativa credível", declarou o primeiro-ministro, visivelmente satisfeito com o resultado, ainda que previsível, da votação desta terça-feira.

Mais, disse Costa. Este orçamento é de "um governo de equilíbrio, bom senso, apostado em melhorar a vida dos portugueses, continuando a ter contas certas em 2019, 2018, 2017 e 2016", contrariando assim a tese de quem anunciou e "temia a vinda do diabo, em 2016, 2017, 2018". Pelo contrário, acrescentou, "este Orçamento ajudará a reforçar a confiança e só é possível graças à estabilidade política que foi possível assegurar nestes três anos - e que seguramente garantiremos até ao final da legislatura", declarou, numa referência ao Bloco, PCP e PEV.

A este propósito, o chefe do Executivo deixou ainda a 'porta aberta' para o debate na especialidade do Orçamento com "vontade construtiva" para melhorar a sua proposta. "Temos bons motivos para partir agora para o debate do Orçamento na especialidade com a mesma vontade construtiva que sempre tivemos de melhorar a proposta, de forma a que continue a ser um Orçamento que permita mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade", concluiu António Costa.

O Governo viu esta terça-feira ser aprovada na generalidade, com os votos de PS, PCP, Bloco de Esquerda, 'Verdes' e PAN, a  proposta de Orçamento do Estado para 2019. O documento contou, como era esperado, com os votos contra das bancadas do PSD e CDS, e os votos a favor de PS, Bloco, PCP, Verdes e PAN. Não se registou qualquer abstenção.

Foram igualmente aprovadas as Grandes Opções do Plano para 2019.

Após a aprovação na generalidade, segue-se agora o debate e votação na especialidade, período que se prolonga até 29 de novembro, com votação final global.

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