Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 12º MÁX 17º

"Estamos no trilho para finalmente perceber o que se passou em Tancos"

O líder do PSD diz-se muito satisfeito que a justiça esteja a actuar no caso do roubo de material militar em Tancos.

"Estamos no trilho para finalmente perceber o que se passou em Tancos"
Notícias ao Minuto

16:24 - 25/09/18 por Melissa Lopes

Política Rui Rio

"Dentro da anormalidade do que aconteceu [em Tancos], estamos agora a caminhar para a normalidade de descobrir o que se passou e de punir quem deve ser punido". Foi assim que o líder do PSD comentou as notícias que estão a marcar esta terça-feira e que dão conta das detenções de elementos da Polícia Judiciária Militar e da GNR, alegadamente implicados no caso do roubo de material militar em Tancos. 

Admitindo estar "muito satisfeito" com o desenrolar da investigação, Rui Rio afirmou, em declarações aos jornalistas, que "esta é uma matéria que tinha que vir a público", uma vez que "havia coisas muito estranhas", nomeadamente o facto de "as armas supostamente aparecem em Santarém, mas quem é a chamada é a GNR de Loulé".

"Havia uma guerra entre a Polícia Judiciária Militar e a Polícia Judiciária. Tudo isto era muito confuso e carecia de um esclarecimento", declarou o líder social-democrata, completando: "Folgo em saber que quer a PJ, quer o Ministério Público, atuaram e é assim que deve ser. Fico contente com isso. O caso de Tancos não se pode arrastar infinitamente".

Frisando que já se percebeu que o Governo não tem respostas para dar sobre este caso, Rio atirou ainda que aquilo que foi noticiado "era o que estava mais ou menos à espera".

No seu entendimento, o caso Tancos "significa que infelizmente chegámos aqui". "Por outro lado, significa que felizmente atuou-se no plano judicial. Grave é quando não se atua e por isso fiz esse alerta na Universidade de Verão [do PSD]. Dentro da anormalidade do que aconteceu, estamos agora a caminhar para a normalidade, de descobrir o que aconteceu, de punir quem deve ser punido", reforçou.

"Ainda não temos os contornos exatos do que se passou em Tancos, mas agora percebemos que estamos no trilho para finalmente perceber o que se passou em Tancos, que é uma coisa muito estranha", rematou, frisando que agora é preciso "aguardar aquilo que possa ser o desfecho desta investigação".

De acordo com a SIC Notícias, a Polícia Judiciária deteve o comandante da GNR de Loulé, responsável do Núcleo de Investigação Criminal de Loulé, e o diretor da Polícia Judiciária Militar, o coronel Luís Augusto Vieira.

Entretanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou ao Notícias ao Minuto as detenções de "militares da Polícia Judiciária Militar, da Guarda Nacional Republicana e um outro suspeito", assim como a realização de buscas em vários locais nas zonas da Grande Lisboa, Algarve, Porto e Santarém, no âmbito da Operação 'Húbris'.

"Em causa estão factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas", lê-se no comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório