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"Estou absolutamente de acordo com Centeno. OE é para todo o país"

Catarina Martins concorda com o ministro Centeno quando diz que o Orçamento do Estado (OE) "é para todos os portugueses" e lembra que o que foi legislado no passado é para cumprir. No entanto, a bloquista prefere olhar em frente e começar a discutir as questões "essenciais" do próximo Orçamento.

"Estou absolutamente de acordo com Centeno. OE é para todo o país"
Notícias ao Minuto

11:38 - 23/07/18 por Melissa Lopes

Política Catarina Martins

A coordenadora do Bloco reagiu esta segunda-feira à entrevista de Mário Centeno, ao jornal de Público, assinalando que o Governo tem de cumprir o que foi legislado no Orçamento do Estado passado, nomeadamente relativamente à questão dos professores, mas que está na altura de se começar a discutir o próximo Orçamento.

Devo dizer que estou absolutamente de acordo com Mário Centeno quando diz que o Orçamento não é para os professores, é para todo o país. Mas isso é o Orçamento passado”, começou por referir Catarina Martins, sublinhando que o que foi legislado no Orçamento passado (o descongelamento das carreiras na Função Pública) “é igual para os professores como para os polícias”.

“Não colocamos trabalhadores contra trabalhadores, é preciso resolver o problema”, vincou, defendendo que “temos de nos focar no próximo Orçamento do Estado e não continuar a falar do OE passado”.

“Naturalmente o Governo tem algumas coisas para resolver do OE passado, a nossa expectativa é que os resolva o quanto antes, para quando chegarmos ao Orçamento para o próximo ano não estarmos a discutir o do ano passado, não teria sentido que assim fosse”, sublinhou em declarações aos jornalistas, reagindo à entrevista em que o ministro das Finanças afirmou que não será a luta dos professores a "pôr em risco o que foi conseguido". 

Este é também o momento de Centeno começar a discutir com todo o país o OE para o próximo ano”, insistiu Catarina Martins, lembrando que, “das tantas áreas que é preciso acorrer, há duas que são fundamentais e que têm estado à espera há muito tempo”.

Uma delas, disse a coordenadora bloquista, "é seguramente o problema das pensões antecipadas e dos cortes pelo factor sustentabilidade a quem já trabalhou uma vida, a quem teve uma carreira de trabalho e de contribuições e se vê com uma pensão tão baixa e, na verdade, foi feita uma promessa de recuperar estas pensões e de respeitar estas longas carreiras contributivas que ainda não aconteceu mas que temos muita esperança e exigência que no próximo OE se deem passos”. 

As outras questões "essenciais" para o próximo OE, prosseguiu, são "todas as que dizem respeito aos rendimentos de toda a população, como por exemplo o preço da energia". "Temos combatido muito para acabar com as rendas excessivas e com isso baixar a fatura da luz para todas as famílias. Há ainda por resolver o problema do IVA da eletricidade. Ninguém compreende que se pague a taxa máxima de IVA quando é um bem essencial", atirou Catarina Martins. 

Instada, novamente, pelos jornalistas a comentar a entrevista de Centeno, nomeadamente sobre se o ministro estaria a pôr um travão nas negociações do Governo com os professores, Catarina Martins respondeu que "o Governo tem que resolver o que ficou do OE passado", mas que tem, igualmente, de pôr os olhos no futuro próximo.

"O que já estava legislado no OE passado tem que ser cumprido, mas temos de olhar para o próximo Orçamento. Não podemos continuar a falar do OE passado para não falar do próximo", assinalou. 

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