PCP e Verdes esperam Marcelo a fazer ver direito internacional a Trump
Dirigentes de PCP e de "Os Verdes" (PEV) desejaram hoje que o Presidente da República vinque a primazia do direito internacional sobre as sucessivas violações norte-americanas, no encontro desta semana com o homólogo norte-americano.
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Política Visita Oficial
Questionados pela agência Lusa sobre a deslocação de Marcelo Rebelo de Sousa a Washington, ambos os partidos reiteraram as críticas às ações e atitudes do atual Presidente norte-americano, que tomou posse em janeiro de 2017.
"A visita do Presidente da República aos EUA constitui uma oportunidade para demarcar Portugal de uma política externa da administração norte-americana de permanente confrontação com a legalidade internacional e as Nações Unidas, de escalada militarista e armamentista, de cerco e agressão a países e povos que afirmem a sua soberania e direito ao desenvolvimento, de violação de direitos, como as que atingem os direitos dos imigrantes", declarou o PCP.
O chefe de Estado português, jurista de formação e professor consagrado, visita a capital norte-americana em 26 e 27 de junho para encerrar o "Mês de Portugal nos Estados Unidos" e para uma reunião com Trump, "a sós", na Casa Branca, seguindo-se um encontro das respetivas, que inclui o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
"A visita do Presidente da República aos EUA e o contacto com Donald Trump deve constituir uma oportunidade para Portugal manifestar a sua profunda preocupação pelo facto de os EUA estarem a ter posições políticas muito graves, como a desvinculação do Acordo [sobre alterações climatéricas] de Paris, uma política de imigração atroz e a violação dos direitos humanos", afirmou à Lusa uma dirigente de "Os Verdes".
A Presidência da República classificou o evento como "uma oportunidade para sublinhar o sucesso e a boa integração da comunidade portuguesa e lusodescendente nos EUA, abordar o futuro e aprofundamento das relações bilaterais entre os dois países e debater temas relevantes da agenda internacional".
Os comunistas realçam também tratar-se de uma hipótese de "necessária defesa dos direitos e interesses da comunidade portuguesa nos EUA e de relações bilaterais mutuamente vantajosas entre os dois países".
Esta é a segunda deslocação, este mês, de Rebelo de Sousa aos EUA, depois de ter assinalado, com o primeiro-ministro, António Costa, o Dia de Portugal, dias 10 e 11 de junho, junto dos emigrantes portugueses e lusodescendentes em Boston e New Bredford, Massachusetts, e Providence, Rhode Island.
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