É na Batalha que os socialistas estão reunidos para o 22.º Congresso do Partido Socialista.
Carlos César, presidente do PS, prestou uma curta declaração e respondeu a perguntas de jornalistas, antes ainda do 'pontapé de saída' para este Congresso, que vai começar com uma homenagem ao falecido Mário Soares.
Foram precisamente sobre o histórico socialista as primeiras palavras de Carlos César.
“Este Congresso começará da melhor forma, prestando homenagem à história de um partido com 45 anos, na figura daquele que sempre foi e será a sua referência principal, Mário Soares”, destacou.
Esta é uma homenagem também para os “que se bateram pelo Portugal democrático”, um país “bem diferente daquele que tínhamos há 45 anos”.
O Congresso, realçou, será também uma espécie de lançamento para as próximas eleições que aí vêm, nomeadamente as eleições “na região autónoma da Madeira, onde gostaríamos de ganhar pela primeira vez, nas eleições europeias, onde gostaremos de reforçar a esquerda europeia” e por quem se bate “pela convergência real” entre os países membros da União Europeia, e, finalmente, as eleições legislativas, “para continuar um trabalho que tem dados bons resultados”.
Na hora de responder a jornalistas , a primeira pergunta foi sobre Cavaco Silva e a sua posição sobre a eutanásia. Para o antigo Presidente da República estamos perante "a decisão mais grave" que o Parlamento poderia tomar.
“Fico muito satisfeito que o professor Cavaco Silva não vote nos partidos só por essa razão, e por isso mesmo não me merece nenhum comentário”, disse. Logo de seguida, não respondendo diretamente, não deixou de responder a Cavaco Silva.
“Agora há outra coisa que existe no nosso país, e que é graças a pessoas que se bateram ainda antes do 25 de Abril por isso: é a democracia, a democracia representativa e o papel soberano do Parlamento. O que o Parlamento decidir é aquilo que irá vigorar”, apontou.
Questionado sobre José Sócrates, que recentemente se afastou do partido, Carlos César realçou que o congresso “é um exercício de liberdade”. Como tal, “nenhum delegado é interrompido no que disser se se expressar de forma correta e aceitável”.
“Não há limitações sobre temas. Mas o que eu acredito, e aquilo que tem sido dominante no PS, agora como no passado, é que a prioridade do debate e das nossas preocupações está na avaliação da situação que hoje vivemos no nosso país e da forma como podemos contribuir para que o PS, sendo melhor, contribua para o futuro do país”, referiu.