Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 12º MÁX 17º

Nuno Melo distingue CDS quer do PS quer do PSD em matérias europeias

O eurodeputado Nuno Melo defendeu hoje que o CDS se distingue, em matérias europeias, não só do PS mas também do PSD, sublinhando que é atualmente o único partido contra a criação de impostos europeus.

Nuno Melo distingue CDS quer do PS quer do PSD em matérias europeias
Notícias ao Minuto

17:28 - 21/05/18 por Lusa

Política Partidos

Numa intervenção nas jornadas parlamentares do CDS-PP, que hoje arrancam em Viana do Castelo, o também cabeça de lista partido nas próximas europeias apontou o recente acordo firmado entre Governo e PSD sobre o futuro quadro comunitário "como relevante" para frisar estas diferenças, a um ano das eleições para o Parlamento Europeu.

"Eu sou daqueles que tenho o PSD como um partido muito amigo, sou autarca em coligação com o PSD, mas há matérias que, em eleições europeias, nos distinguem já hoje com relevância do PSD e essas marcas distintivas têm de ser claras em relação ao PS e PSD", salientou o vice-presidente do CDS.

Nas últimas eleições europeias, em 2014, PSD e CDS-PP, então parceiros no Governo, concorreram coligados, mas ambos os partidos já aprovaram candidaturas autónomas nas eleições europeias para 2019.

No primeiro painel temático das jornadas, dedicado aos fundos europeus, Nuno Melo procurou apontar contradições no discurso do primeiro-ministro, projetando em vídeo uma intervenção em Bruxelas de António Costa onde este se referia a impostos europeus, tendo depois este termo dado lugar a taxas no discurso oficial.

O eurodeputado apresentou ainda uma declaração de António Costa onde este falava na possibilidade de um ministro das Finanças europeu, hipótese contra a qual também se manifestou.

"Para Mário Centeno já nos basta cá, prefiro um mau ministro das Finanças português a um razoável ministro das Finanças europeu", apontou.

Nuno Melo justificou a posição contra os impostos europeus não só por "razões conceptuais", mas também por considerar que o acréscimo de receitas que trariam não os tornam necessários.

"Por 370 milhões de euros vamos criar impostos europeus porquê? Vamos porque o dr. António Costa teve de inovar em qualquer coisa", criticou.

Nuno Melo alertou ainda que "sabe-se como esta coisa dos impostos começa, mas nunca como acaba", dizendo temer que as três áreas de que atualmente se fala para serem taxadas -- digital, transações financeiras e ambiente -- se possam estender a outras como o mar, a agricultura ou o têxtil, que teriam grande impacto em Portugal.

Por outro lado, o eurodeputado do CDS lamentou que o relatório apresentado na sexta-feira pelo Movimento pelo Interior só mencione a agricultura no que se refere à transferência de funcionários.

"Será bom que neste documento, que é próximo de um certo bloco central de PS e PSD, as fórmulas do passado não sejam repetidas no futuro e quando se fala no interior se diga para começar: agricultura", defendeu.

No início da sua intervenção, Melo saudou o moderador do painel, o deputado Pedro Mota Soares, apontando-o como o número dois do CDS na lista ao Parlamento Europeu e vaticinando que será, a partir de maio de 2019, "mais um eurodeputado do CDS".

No entanto, se a proposta de lei sobre o Governo que alarga a lei da paridade -- atualmente a aguardar discussão na especialidade - for aprovada com efeitos nas próximas europeias o CDS não poderá apresentar dois candidatos do mesmo género nos dois primeiros lugares.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório