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Testemunhas descrevem Orlando Figueira como "uma pessoa de bem"

O procurador José Niza e o juiz desembargador Paulo Silva, testemunhas do arguido Orlando Figueira no julgamento do processo 'operação Fizz, disseram hoje terem ficado muito surpreendidos pelo ex-procurador estar envolvido neste processo, descrevendo-o como "uma pessoa de bem".

Testemunhas descrevem Orlando Figueira como "uma pessoa de bem"
Notícias ao Minuto

17:34 - 15/03/18 por Lusa

País Operação

Num curto depoimento, José Niza disse que o ex-procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, acusado de corrupção, que conhece há 20 anos "é uma pessoa de bem".

"A nossa relação profissional descambou numa relação de amizade", disse a testemunha.

Mostrando-se surpreendido por Orlando Figueira estar envolvido num processo de corrupção, por alegadamente ter recebido dinheiro para arquivar processos que visavam o ex-presidente de Angola Manuel Vicente, o magistrado do MP viu nele várias qualidades.

"Era um magistrado célere, uma pessoa de bem, honesta, séria e preocupada com os casos que tinha", acrescentou.

O desembargador Paulo Fernandes da Silva também disse ter ficado surpreendido quando soube pela comunicação social do envolvimento de Orlando Figueira no processo 'operação Fizz', contando que trabalhou com o arguido no tribunal de Sintra entre 1999 e 2002.

"Não o vejo neste processo", disse.

Segundo o juiz, reportando-se à época em que privavam "pareceu-me uma pessoa correta, leal e cumpridora das regras como magistrado".

A próxima sessão de julgamento realiza-se na segunda-feira com a juíza desembargadora Teresa Batalha Pires Soares, arrolada como testemunha pela defesa de Orlando Figueira.

O ex-procurador do DCIAP está pronunciado por corrupção passiva, branqueamento de capitais, violação de segredo de justiça e falsificação de documentos, o advogado Paulo Blanco por corrupção ativa em coautoria, branqueamento também em coautoria, violação de segredo de justiça e falsificação de documento em coautoria.

A 'operação Fizz' assenta na acusação de que Manuel Vicente corrompeu Orlando Figueira, com o pagamento de 760 mil euros, para que este arquivasse dois inquéritos, um deles o caso da empresa Portmill, relacionado com a aquisição de um imóvel de luxo no Estoril em 2008.

O processo de Manuel Vicente, à data dos factos presidente da Sonangol, foi separado na primeira sessão de julgamento.

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