Mouraria exige rendas mais baixas e contratos de longa duração
Os moradores da Mouraria, em Lisboa, reclamaram hoje rendas mais baixas e contratos de arrendamento de longa duração, acrescentando que "os bairros históricos estão a morrer" e a ficar "desertos de locais".
© Wikipédia
País Moradores
No âmbito de uma audição parlamentar no grupo de trabalho Habitação, Reabilitação Urbana e Políticas de Cidade, Carla Pinheiro, representante da Comissão de Moradores Coração Alfacinha (Mouraria), pediu "que a lei do arrendamento urbano mude para contratos de longa duração", de modo a que os locais possam "viver em paz" e proporcionar momentos melhores às gerações futuras.
Segundo a moradora, o Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU), que entrou em vigor em 2012 com o Governo PSD/CDS-PP, veio "provocar despejos" e aumentar o valor a pagar pelo arrendamento de habitação.
"Não é justo que os bairros históricos estejam a ficar desertos de locais", advogou, acrescentando que se devia "ajustar as rendas aos vencimentos" já que muitos moradores auferem baixos rendimentos e veem-se obrigados a sair das suas casas e a deslocar-se para a periferia.
"Queríamos dar continuidade ao bairro da Mouraria e que não aumentem o número de pessoas a sofrer por esse motivo", defendeu Carla Pinheiro.
"O bairro da Mouraria é só alojamento local", criticou.
Na sessão estiveram presentes apenas a deputada do PCP Paula Santos, o deputado do BE Pedro Soares e do PS Helena Roseta, motivo que também revoltou as três representantes da comissão dos moradores da Mouraria.
"Temos pena de o PSD e de o CDS-PP não terem estado presentes", lamentou Carla Pinheiro à Lusa, no final da audição, sublinhando que "deviam estar todos presentes".
Ainda assim, os deputados que participaram na audição mostraram-se solidários com os problemas dos moradores da Mouraria, sendo que o PCP quer revogar o NRAU, indo à lei de 1990, o BE entregou um projeto de resolução com medidas de alteração ao regime de arrendamento urbano e o PS pretende fazer alterações ao NRAU.
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