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Moradores manifestam-se contra demolição de edifício histórico em Lisboa

Moradores na Praça das Flores, em Lisboa, manifestam-se hoje, pelas 11:00, contra a demolição de um edifício histórico que vai ser substituído por outro com uma traça mais moderna, por temerem impactos na identidade do local.

Moradores manifestam-se contra demolição de edifício histórico em Lisboa
Notícias ao Minuto

07:00 - 28/02/17 por Lusa

País Praça

Os receios dos residentes prendem-se essencialmente com as consequências visuais, já que o edifício previsto destoa, em termos arquitetónicos, dos restantes, pondo em causa as características da praça, situada entre o Príncipe Real e a Rua de São Bento, na freguesia da Misericórdia.

Os moradores temem também a dimensão do novo prédio, nos números 10 a 14 da Praça das Flores, visto que se prevê uma altura de cinco metros, superior à dos restantes.

Paralelamente a esta manifestação, está a circular uma petição 'online' para "Salvar a Praça das Flores e a identidade de Lisboa", que já ultrapassou as 1.000 assinaturas.

No texto da petição, os signatários explicam que "em causa está, por um lado, a perda de identidade de Lisboa, ao permitir-se a demolição de um edifício que, embora anónimo, contribui para a harmonia de uma das praças mais emblemáticas da cidade e, por outro lado, a construção de um edifício dissonante, sem nenhuma relação com a cultura arquitetónica e urbanística do centro histórico onde se insere, e que prejudica fortemente a imagem da Praça das Flores".

"De referir que, apesar de todas as informações técnicas desfavoráveis, este mesmo processo tem alvará de construção emitido a 06-12-2016, estando eminente a sua demolição, já se encontrando afixado no edifício a publicidade da empresa de construção que terá a obra a seu cargo", acrescentam.

Os signatários adiantam que em meados deste mês foi apresentada uma queixa ao Ministério Público, à Provedoria da Justiça e à Ordem dos Arquitetos sobre este processo.

Segundo o texto da petição, a demolição foi aprovada pela Câmara de Lisboa a 20 de julho do ano passado, para ali nascer um projeto da autoria do arquiteto Souto Moura.

Um artigo do jornal Público de fevereiro do ano passado indica que os serviços camarários se opuseram ao projeto, enquanto a Direção-Geral do Património Cultural deu parecer favorável ao prédio envidraçado, assente numa estrutura de betão armado e de ferro.

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