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China assumiu "compromissos" de "não vender" armas à Rússia

Xi Jinping iniciou hoje em França a primeira visita à Europa desde a pandemia de Covid-19.

China assumiu "compromissos" de "não vender" armas à Rússia
Notícias ao Minuto

18:19 - 06/05/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Paris

O presidente francês, Emmanuel Macron, congratulou-se, esta segunda-feira, com os "compromissos" assumidos pela China de "não vender" armas à Rússia. 

Esta posição foi partilhada numa conferência de imprensa conjunta, em Paris, com o presidente Xi Jinping, após uma reunião em que discutiram questões internacionais globais e relações comerciais bilaterais. 

Macron começou por falar na guerra na Ucrânia, um "conflito que tem consequências estruturais na ordem internacional" e adiantou que ambos os países querem "preservar a Carta das Nações Unidas"

Segundo o presidente francês, que disse "respeitar " os "laços antigos entre China e Rússia", o seu homólogo chinês, Xi Jinping, reiterou que o país "não vende armas à Rússia".

Macron saudou ainda a "vontade" do seu homólogo chinês de "pedir a todas as partes envolvidas" nos vários conflitos que "declarem uma trégua olímpica" durante os Jogos de Paris, este verão.

"Pensamos que uma trégua olímpica para todos os cenários de guerra pode ser uma ocasião para trabalhar em soluções duradouras no pleno respeito do direito internacional", afirmou Macron, na referência ao evento desportivo que se realiza na capital francesa. 

O governo francês também anunciou hoje que vai facilitar a emissão de vistos para os viajantes chineses em negócios e turistas que visitam a França, um dia antes da reunião do comité interministerial do turismo (CIT) com o primeiro-ministro Gabriel Attal.

A França é o principal destino turístico do mundo, de acordo com a Organização Mundial do Turismo, tendo no ano passado recebido 100 milhões de visitantes estrangeiros, que gastaram um total recorde de 63,5 mil milhões de euros.

Vários contratos comerciais entre empresas francesas e chinesas foram assinados hoje por ocasião da visita de Xi, nomeadamente nas áreas da energia, transportes e finanças, anunciou o Eliseu.

Entre os contrato anunciados está um para o grupo francês Suez construir uma central de produção de eletricidade a partir de biomassa no sul da China, por quase 100 milhões de euros.

De acordo com uma lista de presentes oferecidos ao presidente chinês, consultada pela agência noticiosa AFP, Macron entregou uma garrafa de Hennessy X.O. Cognac e um decantador de Rémy Martin "Louis XIII" Cognac.

"Gostaria também de agradecer ao Presidente a sua abertura relativamente às medidas provisórias sobre o conhaque francês e o seu desejo de não as ver aplicadas", acrescentou ainda Macron sobre a bebida alcoólica francesa que é objeto de um inquérito antidumping lançado pelas autoridades chinesas.

Em Paris foram ainda oferecidas a Xi obras de Victor Hugo, bem como o primeiro dicionário franco-chinês, publicado em 1742, e uma jarra "achatada nos dois lados, esculpida, em vidro de várias camadas", de uma vidraria de Amboise (Indre-et-Loire).

Recorde-se que Xi Jinping iniciou hoje em França a primeira visita à Europa desde a pandemia de Covid-19, que inclui também Hungria e Sérvia, dois países considerados próximas da China e da Rússia.

[Notícia atualizada às 19h28]

Leia Também: França e China querem relação equilibrada entre UE e gigante asiático

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