"Está a ser estudada a hipótese de se construir uma base para os transportes turísticos na zona do Martim Moniz", à semelhança da existente junto ao Parque Eduardo VII, começou por apontar Manuel Salgado.
Em resposta a uma questão colocada pelo CDS-PP na sessão de perguntas à Câmara, na AML, o vereador defendeu que "é inconveniente que os veículos pesados continuem a subir até ao castelo", uma vez que poderá constituir "grave prejuízo para a conservação dos monumentos".
Assim, o município está a estudar a possibilidade de "passar a vedar o acesso dos autocarros de grande dimensão ao castelo e obrigá-los a ficar na base da colina".
O objetivo passa por "melhorar a qualidade de vida de quem vive na colina do castelo [de S. Jorge], de quem utiliza a baixa, e fazer uma concentração dos transportes turísticos naquele ponto" evitando que se concentrem na baixa, no Rossio e nos Restauradores.
Salgado referiu também a "constituição de um centro de interpretação da muralha fernandina e o miradouro Sophia de Mello Breyner era uma localização privilegiada", devido à visão alargada que permite.
Durante a sessão, o vereador do Urbanismo foi questionado pelo PS quanto à Vila Martel, tendo referido que "os promotores do projeto, que eram promitentes compradores, desistiram da intervenção".
Após uma vistoria a 19 de outubro, continuou Manuel Salgado, "não há sinais de insegurança ou de insalubridade".
Para este local esteve projetado um parque de estacionamento robotizado e a ampliação de um hotel situado nas proximidades, que poderiam originar demolições.
Na AML, o responsável apontou que o Pedido de Informação Prévia referente a esta obra, que deu entrada na Câmara em 2015, "foi objeto de parecer negativo por parte da DGPC [Direção Geral do Património Cultural] e dos serviços de urbanismos da Câmara Municipal".
Durante a reunião, Salgado foi ainda questionado quanto ao arranque da obra prevista para a Praça Marechal Humberto Delgado, em Sete Rios, tendo referido que "o estaleiro estava a ser montado [hoje à tarde] para a construção de um parque de estacionamento da Empark".
Segundo o vereador, este parque "terá capacidade para 301 lugares".
O autarca aproveitou para reiterar que a "obra será executada em duas fases", e que "só é possível fazer intervenções de maior volume quando houver alternativa para o estacionamento" existente debaixo do viaduto.
Os trabalhos incluem uma intervenção "no interface da Rede Nacional de Expressos para melhorar o seu funcionamento", assim como a melhoria do "funcionamento de uma praça de táxis que existe entre este terminal e a estação de caminho-de-ferro de Sete Rios".
Entretanto, decorrerá "um conjunto de soluções na envolvente enquanto não está concluído o parque da Empark", precisou.
Para além do parque estacionamento, a primeira fase da intervenção (com uma duração total prevista de nove meses) inclui a reabilitação da superfície junto ao Jardim Zoológico. Para mais tarde fica uma intervenção no coletor que por ali passa.
O PEV aproveitou para questionar a vereadora da Cultura sobre a livraria municipal de Lisboa, que será instalada na Biblioteca Palácio Galveias, tendo Catarina Vaz Pinto apontado que "houve um atraso, mas as obras estão quase concluídas", devendo "abrir até abril do próximo ano, mais tardar".