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Sistema universitário público é "fundamental", mas tem de ser eficiente
O sistema público das universidades é "fundamental", mas tem de ser "eficiente", e as instituições de ensino superior não devem ceder ao facilitismo nos programas e na exigência, concluíram hoje os participantes no 1.º Congresso da Universidade do Porto.
© Wikimedia Commons
País Reitor
"O sistema público é fundamental. Tem é de ser eficiente, mas é fundamental. Essa é uma mensagem muito forte que eu sinto, que (...) devemos ter em consideração", disse à Lusa o reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, compactuando com as declarações proferidas pelo professor jubilado da Universidade de Cambridge (Inglaterra), Stefan Collin.
Numa conferência intitulada "Universidade e Sociedade: casamento infeliz", que o professor de Cambridge apresentou ao início da tarde de hoje, Stefan Collin defendeu também que a Universidade deve ser sempre uma referência na investigação e na educação.
"Certamente que deve responder à sociedade, mas não ceder ao facilitismo relativamente aos seus programas, relativamente às suas exigências", explicou, por seu turno, o reitor da Universidade do Porto, referindo, no seu discurso inaugural, que o seu "desejo sincero" neste evento é discutir os problemas da Universidade do Porto para "continuar a missão de serviço público".
Segundo Sebastião Feyo de Azevedo, a universidade tem de tomar em consideração o que a sociedade precisa. Todavia, ressalva o reitor, "a missão da universidade é desenvolver conhecimento" e depois associar esse conhecimento à sociedade.
"Pensar o futuro" é o tema do 1.º Congresso da Universidade do Porto (UP), que decorre até à próxima sexta-feira, com oradores de universidades como Cambridge, Oxford (Inglaterra), Amesterdão (Holanda) ou Viena (Áustria).
"O objetivo deste congresso é promover o debate que é necessário para pensarmos o futuro, [sobre] o que é que nós queremos ser daqui a 20 anos e que é dificílimo de dizer, porque nós não sabemos o que vamos ser daqui a 20 anos. Isto é uma realidade, mas temos de promover este debate", disse Sebastião Feyo de Azevedo, defendendo a promoção da "evolução pedagógica" e a "captação de financiamento".
O evento tem a participação de 11 académicos convidados e oriundos de universidades internacionais e de instituições de ciência, mas também participam 23 elementos das várias faculdades (14) da Universidade do Porto, assim como há a participação de um elemento representante dos estudantes e de uma representante do nosso corpo de trabalhadores abducentes.
Alguns dos convidados internacionais são professores oriundos das universidades de Oxford, Cambridge, Amesterdão, ou Viena, mas também oradores das Universidades de Coimbra, Aveiro e Porto.
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