Curso de Comandos mantém-se, próximos é que serão suspensos
O Exército esclareceu hoje que o 127.º curso dos Comandos vai manter-se de forma "controlada e adaptada", sublinhado que os próximos cursos é que vão ser suspensos até conclusão dos inquéritos em curso.
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País Esclarecimento
"O despacho do Chefe de Estado-maior do Exército foi para a suspensão dos próximos cursos de Comandos, ou seja, a intenção do Exército é que este curso, o 127.º, termine de forma controlada e adaptada como foi tem sido feito até agora", explicou à Lusa o porta-voz do Exército, o tenente-coronel Vicente Pereira.
O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, anunciou hoje que os cursos de Comandos do Exército vão ficar suspensos até ao final do inquérito à morte de um militar no domingo, disse à Lusa fonte do ministério.
De acordo com o porta-voz, a competência para a suspensão do curso pertence ao Chefe de Estado-maior do Exército, cujas decisões têm sido "coordenadas e acertadas" com o gabinete do ministro da Defesa Nacional.
Segundo Vicente Pereira, os próximos cursos de Comandos estão suspensos já que o Chefe de Estado-maior do Exército pretende "aguardar as conclusões dos inquéritos que estão a decorrer, analisá-las e verificar se há necessidade de proceder a alguma alteração nos próximos".
"Só depois da análise feita é que se determinará o passo seguinte a dar", sublinhou o responsável.
O 127.º curso de Comandos tem a duração de 12 semanas, que decorrem em setembro, outubro e novembro, tendo começado com 67 formandos, dos quais três oficiais, 10 sargentos e 57 soldados.
Segundo Vicente Pereira a Inspeção técnica extraordinária hoje anunciada pelo ministro da Defesa Nacional é um processo interno do Exército conduzido pela Inspeção-geral do Exército.
Na sequência de um treino dos Comandos, um militar morreu devido a "um golpe de calor" e diversos outros receberam assistência hospitalar, estando ainda internados cinco: um no Curry Cabral, três no Hospital das Forças Armadas e outro no Hospital da Cruz Vermelha.
Azeredo Lopes tinha já tinha admitido à Lusa a possibilidade de intervir após a conclusão das duas investigações que decorrem à morte de um militar num curso de Comandos.
Além do inquérito instaurado pelo chefe do Estado-Maior do Exército, a Procuradoria-Geral da República também abriu uma investigação.
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