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"Injustiçados". Polícias 'chamados', mas foi MAI quem deu "tiro ao lado"

O atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança que os elementos da PSP e GNR recebem tem uma componente variável que corresponde a 20% do salário base e uma componente fixa de 100 euros.

"Injustiçados". Polícias 'chamados', mas foi MAI quem deu "tiro ao lado"
Notícias ao Minuto

22:38 - 02/05/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

País PSP

O presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícias, Bruno Pereira, falou, esta quinta-feira, aos jornalistas, após as negociações com a ministra da Administração Interna.

"Sentimo-nos extremamente injustiçados com este pontapé de saída. É uma proposta que não chega sequer a ter dignidade para ser uma proposta tendo em conta aquilo que foram semanas e meses de discussão em torno de uma questão de reparação de dignidade - de um valor que foi graduado para determinados polícias e que não foi para nós", começou por considerar.

O responsável sindical apontou que a proposta apresentada pelo ministério "não aproveita a todos os polícias". "Quero mesmo acreditar que esta proposta tenha sido uma mera ideia e totalmente ao lado", afirmou.

Bruno Pereira falou ainda do que já era expectável - a apresentação de uma contraproposta, perante a qual o responsável espera que haja "bom senso", que possa levar a "um porto que seja aceitável e razoável".

"E que seja pelo menos assumido e percecionado como digno e respeitável por parte dos profissionais de segurança", afirmou.

À semelhança dos responsáveis sindicais da GNR, Bruno Pereira falou em igualdade de valores quando comparados com aqueles que foram atribuídos à Polícia Judiciária. "Senti uma grande tristeza em ser recebido com isto. Como digo, quero acreditar e reafirmo, que tenha sido totalmente uma ideia, ou um tiro completamente ao lado", reforçou, acrescentando que espera que a ministra e a equipa tenham compreendido "a real dimensão de injustiça que veio propor".

Questionado sobre a possibilidade da realização de protestos, Bruno Pereira, apontou que a contraproposta seria apresentada até o próximo dia 15, quando haverá uma nova reunião.

O presidente do sindicato que representa a maioria dos comandantes e diretores da PSP disse ainda que a proposta "fica muito aquém daquilo que é o mínimo".

"A ministra lançou muito por baixo os dados. Uma proposta de valorização de 75 euros e que nem sequer seriam aproveitados por todos os profissionais, isto é pior do que o anterior Governo quando atribuiu o subsídio de risco", afirmou.

Além dos sindicatos da PSP, Margarida Blasco também apresentou a proposta a cinco associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana.

No final do encontro, o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), César Nogueira, classificou esta primeira proposta do Governo de "muito má", indicando que os elementos das forças de segurança teriam, com esta proposta, um aumento até 75 euros.

César Nogueira sustentou que ficou "abananado" quando a ministra apresentou a proposta, frisando que será "muito difícil segurar a indignação dos profissionais".

Leia Também: Governo propôs suplemento de missão para PSP e GNR entre 365 e os 625€

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