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Organização do 10 de junho defende que país é mais do que econonomia

O presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, João Caraça, afirmou hoje que um país é muito mais do que indicadores económicos e financeiros e criticou o projeto europeu que "se afunda sem remissão".

Organização do 10 de junho defende que país é mais do que econonomia
Notícias ao Minuto

13:18 - 10/06/16 por Lusa

País Dia de Portugal

Numa intervenção nas cerimónias do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Europeias, no Terreiro do Paço, em Lisboa, começou por afirmar que "sem projeto não há identidade" e que para o "compreender basta observar a desorganização que grassa presentemente na União Europeia".

"Um continente de tão ricas nações, com patrimónios invejáveis, possuidoras de culturas emanando de fortíssimas experiências históricas em todos os domínios das artes, das letras, das ciências. Porém, vemos que se afunda sem remissão o projeto de integração europeia, o projeto mobilizador da União para o futuro. E onde está novo projeto?", questionou-se.

"É por isso que, ao mesmo tempo, querem também desapropriar-nos do nosso futuro como nação, mas em nome da Humanidade não os podemos deixar fazê-lo, e não os iremos deixar. Um país é muito mais do que um conjunto de indicadores de natureza económica e financeira", declarou.

Para João Caraça, que é diretor do Serviço de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian, o "futuro de um país passa principalmente pelas expectativas, pelas estratégias, pela vontade dos seus cidadãos mais ativos, mais criativos, mais inconformados, aqueles que possuem, fomentam e acarinham o espírito livre".

"O espírito livre encontra-se sistematicamente do lado bom das coisas, daí a sua energia, daí o seu vigor", afirmou.

O presidente das Comissão Organizadora das Comemorações do 10 de Junho criticou também, na sua intervenção, a sociedade em rede.

"A sociedade em rede que até agora tem prosperado, combinando a Internet com o entretenimento, intoxicando os cidadãos com uma informação repetitiva, martelada, sem descanso, banalizada, não nos deixa tempo para refletir", argumentou.

De acordo com João Caraça, "a esta sociedade em rede interessa sobretudo a exploração perversa das emoções mais recalcadas, bem como a evocação obsessiva de poderes sobrenaturais, um convite despudorado à ignorância e à opressão".

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