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"É incompreensível" redução de preços nas portagens

A Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A23 e A24 considerou, esta sexta-feira, "incompreensível" que o Governo tenha acabado com as isenções nas antigas Scut e agora esteja a avaliar preços mais baratos nas regiões mais pobres.

"É incompreensível" redução de preços nas portagens
Notícias ao Minuto

18:10 - 15/02/13 por Lusa

País Utentes

O jornal i titula hoje que "Governo avalia portagens mais baratas nas ex-Scut das regiões mais pobres" e explica que "a diferenciação dos preços será avaliada em função de vários critérios, das vias alternativas aos indicadores de riqueza regional".

"Isto é incompreensível. Então o mesmo Governo que a 30 de Setembro do ano passado acabou com as isenções para residentes, agora está a estudar preços mais baixos?", questionou o porta-voz da comissão, Francisco Almeida, em declarações à agência Lusa.

Francisco Almeida frisou que, "qualquer que seja a redução de preços, o problema não fica resolvido", porque os distritos atravessados por estas três auto-estradas "têm um poder de compra e um desenvolvimento económico muito mais baixos do que a média nacional e não há alternativas" às ex-Scut.

"Esta região não cumpre os critérios que estavam previstos num estudo de 2006, encomendado e homologado pelo Governo, para a introdução de portagens. Nalguns concelhos, o poder de compra chega a ser menos de 30% da média nacional", exemplificou.

Por outro lado, Francisco Almeida perguntou se "algum membro do Governo sabe o que é ir de Viseu a Vila Real pela Estrada Nacional 2", que tem zonas que mais parece "um autêntico caminho de cabras", devido à falta de manutenção.

"Não pode é haver portagens. Ponto. Nem mais caras, nem mais baratas", reiterou, garantindo que os protestos não vão parar.

As comissões de utentes das antigas Scut convocaram para 01 de Março um protesto nacional pelo fim das portagens, por considerarem que empobrecem as pessoas, as empresas e o Estado.

O movimento Empresários pela Subsistência do Interior também espera que o Governo "reveja rapidamente" o pagamento de portagens nas auto-estradas do interior, devido à "injustiça flagrante" de falta de alternativas viárias, disse hoje o porta-voz à Lusa.

Luís Veiga reagia à notícia publicada hoje pelo jornal i, segundo a qual o executivo pondera a possibilidade de cobrar portagens mais baratas nas regiões mais pobres.

Para Luís Veiga, "independentemente da eventual alteração de preços, o Governo deve reponderar, em primeiro lugar, a manutenção do sistema" de cobrança.

Depois, considera que há "uma injustiça flagrante por não haver alternativas" às auto-estradas que passaram a ser pagas, com consequências graves para o tecido económico regional.

Por exemplo, entra a Guarda e Vilar Formoso a situação tem limitado "a entrada de espanhóis".

Considera igualmente inadmissível que no interior sejam cobradas portagens mais caras que na auto-estrada A1, entre Lisboa e Porto.

"Temos alertado o secretário de Estado dos Transportes e é sempre tempo de emendar a mão, o mais rapidamente possível, sob pena de cairmos num abismo económico", referiu.

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