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Faz um ano que Beja viveu um dos crimes mais mediáticos da sua história

Há um ano, Beja viveu um dos crimes mais mediáticos da sua história, quando um homem, devido a alegadas dívidas, assassinou, em casa, com uma catana, mulher, filha e neta, o que chocou e consternou a cidade.

Faz um ano que Beja viveu um dos crimes mais mediáticos da sua história
Notícias ao Minuto

12:03 - 06/02/13 por Lusa

País Triplo homicídio

O caso do triplo homicídio de Beja remonta a 13 de Fevereiro de 2012, quando Francisco Esperança, de 59 anos, se entregou à PSP, que, após o ter detido, entrou na sua casa, onde encontrou os cadáveres da mulher, de 53 anos, da filha, de 28, e da neta, de quatro.

Durante vários dias, os acontecimentos associados aos crimes foram alvo de cobertura mediática pela comunicação social e encheram páginas de jornais e marcaram noticiários de rádios e televisões.

O crime chocou e consternou Beja e a 15 de Fevereiro, dois dias depois da descoberta dos cadáveres, mais de 100 pessoas, algumas gritando "assassino" e "monstro", concentraram-se junto ao Tribunal de Beja durante o interrogatório judicial de Francisco Esperança, enquanto milhares participaram no funeral das vítimas, que decorreu no cemitério da cidade.

Segundo o processo, ao qual a agência Lusa teve acesso e que já foi arquivado pelo Ministério Público, no interrogatório judicial, o homicida explicou que tinha cometido os crimes cinco dias antes de os cadáveres terem sido descobertos, ou seja, na noite de 7 para 8 de Fevereiro, quando as vítimas dormiam e com recurso a uma catana "por ser um instrumento silencioso".

A situação económica da família foi o principal motivo invocado por Francisco Esperança para cometer os crimes, explicando que o casal e a filha tinham dívidas a bancos, fornecedores e outros "na ordem dos 300 mil euros" e que "não conseguiriam saldar".

Por outro lado, a filha, que já tinha tentado o suicídio, "devido a problemas pessoais", era "uma mentirosa compulsiva" e "nunca lhe deu qualquer tipo de alegria, sequer nos estudos", disse.

O arguido indicou ainda que tinha matado a neta, porque "não teria quem cuidasse dela e iria ter uma vida de sofrimento".

Francisco Esperança disse ainda que tinha intenção de por fim à própria vida depois dos crimes, o que não conseguiu fazer por "pura cobardia", e reconheceu que, a 13 de Fevereiro, antes de ter sido detido, ensaiou várias tentativas de suicídio com arma de fogo, mas, mais uma vez, não foi capaz de se suicidar.

Segundo o Ministério Público, após cometer os crimes, o homicida ocultou os cadáveres das vítimas em casa "durante mais de quatro dias", período durante o qual se comportou "como se nada se tivesse passado".

Após o interrogatório judicial, o homicida ficou em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja, do qual foi transferido, na tarde do dia seguinte, 16 de Fevereiro, "por razões de segurança", para o Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), onde se suicidou.

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