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Forças Armadas demonstram receios com futuras pensões

A Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) voltou hoje a demonstrar vários receios com as futuras pensões de reforma, apresentando contas "devidamente validadas" sobre a "autêntica indigência" das futuras pensões.

Forças Armadas demonstram receios com futuras pensões
Notícias ao Minuto

11:44 - 16/06/15 por Lusa

País Oficiais

"As contas estão feitas e devidamente validadas, infelizmente a maioria dos oficiais vai ver a pensão de reforma situar-se entre os pouco mais de 35% e os quase, sem os atingir, 50% da última remuneração no ativo", indica a entidade em nota hoje enviada às redações.

Os oficiais apresentam um trabalho feito por uma responsável das Forças Armadas onde são simulados várias futuras pensões de reforma.

O trabalho, afiança a AOFA, "vem confirmar outros antes efetuados que, no âmbito da mesma temática, com outras abordagens, evidenciam o perverso resultado da aplicação do Regime Geral da Segurança Social à realidade militar".

Nas simulações feitas, nos mais jovens, abrangidos pelo Regime Geral da Segurança Social, verifica-se a "tragédia completa", dizem, enquanto que nos profissionais de meia-idade, abrangidos pelo regime misto, com mais de 20 anos de serviço e com idades de 40 e mais anos, "a situação, embora diferente, caminha tendencialmente no mesmo sentido".

Já os militares abrangidos pelo regime do estatuto de aposentação têm, "até ver", alguma "salvaguarda", mas "os estratagemas são vários para lhes reduzir o valor da pensão", acusa a AOFA, dando como exemplos o cálculo da pensão com referência ao valor da remuneração da reserva com redução, a Contribuição Extraordinária de Solidariedade, ou os escalões de IRS.

A associação questiona pois o Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR), cuja entrada em vigor, a 01 de julho, levará ao "bloqueamento" e "esmagamento" de carreiras, advoga a AOFA.

"Com a tragédia que representa o EMFAR que vem aí estamos pois perante um quadro que exige que, com firmeza e determinação, façamos ouvir a nossa voz fazendo sentir que estamos indignados, que nos sentimos feridos na nossa dignidade de militares", dizem ainda os oficiais.

E acrescentam: "Podemos fazê-lo de variadas formas como temos vindo a demonstrar: com requerimentos às chefias militares, reportando hierarquicamente o nosso descontentamento e indignação, comparecendo em ações/iniciativas que sejam levadas a cabo, em que, com a nossa simples presença contribuamos para apoiar caminhos que possam vir a ser desbravados para que nos respeitem e seja reposta a dignidade de que somos merecedores".

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