Guarda sem frentes ativas. Autarca pede "pacto de regime" contra fogos

Os incêndios no concelho da Guarda não têm hoje frentes ativas, mas os meios e a população continuam no terreno em trabalhos de rescaldo e vigilância, disse à Lusao presidente da Câmara Municipal.

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Lusa
16/08/2025 11:07 ‧ há 1 hora por Lusa

País

Incêndios

"As frentes do Codesseiro e Avelãs de Ambom foram debeladas durante a noite e a frente que vinha do Sabugal perdeu intensidade no nosso concelho, já na localidade da Quinta de Gonçalo Martins, não sendo atualmente preocupante do nosso lado", adiantou Sérgio Costa à agência Lusa.

 

O fogo começou na manhã de sábado em Pêra do Moço e avançou para os concelhos de Trancoso e Pinhel.

Do incêndio resultou um morto, o ex-autarca de Vila Franca do Deão Carlos Dâmaso, de 43 anos, e ainda um ferido grave, que continua internado na Unidade Local de Saúde Universitária de Coimbra, devido às queimaduras sofridas.

Segundo o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), no local permanecem 223 operacionais, apoiados por 82 veículos e um meio aéreo.

Sérgio Costa lamentou a morte do "amigo" Carlos Dâmaso, com quem tinha falado duas horas antes de morrer e era novamente candidato à Junta de Freguesia de Vila Franca do Deão nas autárquicas de 12 de outubro.

Este desfecho levou o edil independente a defender, em declarações à RTP, que "é urgente um pacto de regime" contra os incêndios.

"Espero que essas declarações tenham consequências porque estamos todos fartos disto. Morreram pessoas em 2017, a Serra da Estrela ardeu em 2022, voltaram a morrer pessoas no ano passado e este ano foi um antigo autarca que estava a combater as chamas", lamentou em declarações à agência Lusa.

O presidente da Câmara da Guarda afirmou ainda que "os políticos, todos, têm que trabalhar para que a população seja protegida, nem que para isso tenham que ser tomadas medidas drásticas".

"Os portugueses estão a morrer nos incêndios, é preciso agir e tomar decisões. Não é com falinhas mansas que lá vamos", considerou.

Sérgio Costa não quis especificar a que medidas se referia para "não condicionar as autoridades", mas espera que, a serem tomadas, elas resultem de um processo coletivo.

"É preciso ouvir todos, dos autarcas aos bombeiros, das populações aos decisores políticos, da Proteção Civil aos especialistas, porque esta situação aflitiva não pode continuar ano após ano", realçou o autarca da Guarda.

Segundo Sérgio Costa, no concelho da Guarda não há registo de casas ardidas, tendo sido consumidos pelas chamas alfaias, armazéns agrícolas, terrenos de cultivo, pastos, fardos de feno para os animais, pomares e vinhas.

"Há muitos danos que vamos começar a apurar com os técnicos da Câmara", indicou.    

Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio desde 02 de agosto e até domingo,

Leia Também: Tornado de fogo registado em incêndio de Aguiar da Beira. Há vídeo

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