O comandante nacional de emergência e proteção civil, Mário Silvestre, anunciou, em briefing, que foi "decidido ativar o mecanismo europeu de proteção civil".
A decisão teve como base "o desenvolvimento que tiveram na noite de hoje [os incêndios], que se esperava que fosse uma situação de oportunidade de supressão" e que não se verificou.
Com a ativação do mecanismo foram também solicitados quatro aviões Canadair "até ao próximo dia 18".
A decisão foi tomada "em virtude dos acontecimentos desta noite relativamente a dificuldade de supressão", reiterou o comandante, mencionando em particular o incêndio na Lousã.
Mário Silvestre disse que que não foi possível controlar este fogo e que as chamas percorreram 30 quilómetros em três horas, tendo agora um perímetro de 208 quilómetros.
As autoridades optaram inicialmente por recorrer aos acordos bilaterais de cooperação com Espanha e Marrocos, tendo este último país disponibilizado dois Canadair, que ficarão em Portugal até segunda-feira. Os meios espanhóis apoiaram nos combates aos fogos de Castelo de Vide e de Chaves, indicou.
Os seis maiores incêndios (nomeadamente, Lousã, Sátão, Piódão, Trancoso, Cinfães e Sirarelhos) continuam a preocupar. Neste momento, mobilizam 2.850 operacionais, 960 veículos e 32 meios aéreos.
Até às 11h00, foram registadas 24 ocorrências, 16 das quais durante a noite.
O comandante operacional informou ainda que foram criadas sete zonas de apoio às populações para garantir o acolhimento de todos os que tenham eventualmente de abandonar as suas casas, duas em Sátão e cinco em Piodão.
Quanto a ferimentos, indicou que um bombeiro ficou ferido e dois transportados para unidades hospitalares, assim como um civil assistido e dois reencaminhados para hospitais.
[Notícia atualizada às 12h59]