Idoso constituído arguido após trator causar incêndio na sua propriedade

Um foco de incêndio foi combatido pelos Bombeiros Voluntários de Águeda, tendo depois a Guarda Nacional republicana constituído um homem arguido - percebeu-se que as chamas eram provenientes do veículo em que seguia, e a partir do qual o foco deflagrou no seu terreno.

trator, agricultura

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Ana Teresa Banha
14/08/2025 16:23 ‧ há 2 horas por Ana Teresa Banha

País

Incêndios

Um homem de 79 anos foi constituído arguido pela Guarda Nacional Republicana (GNR), na quarta-feira, pelo crime de incêndio florestal em Águeda, no distrito de Aveiro.

 

De acordo com um comunicado enviado ao Notícias ao Minuto esta quinta-feira, foi dado um alerta de foco de incêndio e, na sua sequência, militares da GNR deslocaram-se para o local, "onde verificaram que os Bombeiros Voluntários de Águeda se encontravam a proceder à extinção das chamas."

"No decurso das diligências policiais, apurou-se que o proprietário do terreno agrícola, onde teve início o incêndio, realizava trabalhos na sua propriedade quando detetou fogo proveniente da parte inferior do trator, sendo o veículo identificado como a provável causa do incêndio", detalha a nota.

Segundo a GNR, após o suspeito ter sido constituído arguido, os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Águeda.

No comunicado, a GNR recorda que as queimas e queimadas são uma das principais causas de incêndios rurais em Portugal, "devendo ser efetuadas em cumprimento rigoroso das normas de segurança e nunca realizadas quando o perigo de incêndio rural é muito elevado ou máximo."

"A proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios rurais, continua a assumir-se como uma das prioridades da GNR, sustentada numa atuação preventiva e num esforço de patrulhamento nas áreas florestais", acrescentam.

Também a Proteção Civil tem deixado conselhos sobre o que fazer no âmbito destes incêndios, nomeadamente, se as chamas já tiverem deflagrado.

O incêndio estiver perto da sua habitação?

A Proteção Civil salienta que deve avisar os vizinhos e regar as paredes - consoante a estrutura da casa -, o telhado e dez metros à volta de casa. 

Deve ainda fechar as portas, janelas e outras aberturas, correndo as persianas ou portadas. Se tiver mobiliário, lonas ou lenhas próximas da habitação, retire.

Se estiver em condições de segurança, "desligue e retire as botijas de gás para um local seguro" e tudo o que possa arder junto às janelas deve ser afastado e coloque "toalhas molhadas nas frestas".

"Se não correr perigo, apague pequenos focos de incêndio com água, terra ou ramos verdes", lê-se.

Ficou cercado pelo incêndio? Saiba o que fazer

A Proteção Civil aconselha a que se dirija "para um abrigo ou refúgio coletivo. Se não estiver próximo, procure uma zona plana, com água ou com pouca vegetação".

Acrescenta que deve permanecer "junto ao chão, procurando respirar através de um pano húmido, para evitar inalar o fumo" e deve cobrir "a cabeça e o resto do corpo", ressalvando a utilização de "um lenço húmido para proteger a cara do calor e dos fumos". 

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil que, se for necessário preparar uma evacuação, deve "manter os documentos mais importantes do agregado familiar, bem como o boletim sanitário dos animais de estimação, em local seguro e de fácil acesso, de modo a que possam rapidamente ser transportados".

É aconselhado a que tenha também "um kit" preparado com "artigos essenciais a utilizar em caso de emergência", tais como um estojo de primeiros socorros, medicação habitual, água e comida não perecível, produtos de higiene pessoal, uma muda de roupa, rádio, lanterna e apito e, por fim, uma lista de contactos de familiares e/ou amigos.

Leia Também: Tem 80 anos, foi guarda florestal e vê casa arder: "Não sei que fazer"

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