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Carneiro despede-se de pasta "exigente" e deseja "felicidades" a sucessor

Ministro remeteu reivindicações dos polícias para o novo Executivo e deixou alguns alertas.

Carneiro despede-se de pasta "exigente" e deseja "felicidades" a sucessor
Notícias ao Minuto

12:34 - 28/03/24 por Carmen Guilherme

País MAI

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, despediu-se, esta quinta-feira, desejando "as maiores felicidades" a quem o vier substituir naquela que é uma pasta que descreve como "especialmente exigente" e "difícil". 

Em declarações aos jornalistas, na Maia, no seu último ato como ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro admitiu que "havia um trabalho em curso que foi interrompido".

"Sinto que as forças e o serviço de segurança tudo procuraram dar, tudo procuraram fazer, para garantirmos um país pacífico. Mas, também temos a sensação de que muito há que fazer e havia um trabalho em curso que foi interrompido", fez sobressair à margem de uma operação de segurança rodoviária da Páscoa, promovida pela Guarda Nacional Republicana (GNR) e pela Polícia de Segurança Pública (PSP).

"Aquilo que agora quero desejar é as maiores felicidades a quem me vier substituir numa pasta que é especialmente exigente, especialmente difícil", acrescentou.

Na ótica do ainda governante, os diplomas a que o novo Governo deve dar "prioridade" relacionam-se com a "estratégia integrada de segurança urbana", a "estratégia de proteção civil preventiva" e a "circulação rodoviária". 

Questionado sobre se fez tudo o que podia no que diz respeito às reivindicações dos polícias, José Luís Carneiro voltou a destacar o trabalho que estava em curso, tendo o Governo ficado "limitado na sua legitimidade política", e atirou as decisões sobre os suplementos para o próximo Executivo.

"Há um trabalho que estava em curso e há um trabalho que todos agora assumiram querer desenvolver no futuro. É importante dar continuidade a esse trabalho", disse, destacando os investimentos nas infraestruturas e equipamentos das forças de segurança, no alojamento e habitação e na valorização dos salários de 20% até 2026.

"Há matérias que têm ainda de ser abordadas e trabalhadas com as instituições que representam as forças de segurança, nomeadamente no que tem que ver com a estrutura de suplementos e com a estrutura base de remunerações. É um trabalho que, naturalmente, ficará agora para quem me substituir", sublinhou.

Perante a insistência dos jornalistas, o ministrou considerou que a "complexidade das soluções exige uma ponderação muito grande".

"A complexidade das soluções exige uma ponderação muito grande, por isso, não quisemos tomar decisões no momento em que o Governo se encontrava limitado na sua legitimidade política", completou, referindo que em causa não estavam os "recursos financeiros".

José Luís Carneiro rejeitou, contudo, olhar para esse como o pior momento do seu mandato.

"As funções da Administração Interna são especialmente exigentes. Em todos os dias, a todas a horas ocorrem circunstâncias, muitas delas, que não do conhecimento da opinião pública - para que também vivam com maior tranquilidade. A todas as horas, todos os minutos, estão a ocorrer, em todo o país, circunstâncias muito difíceis", afirmou. "Todos os momentos são difíceis", notou.

"Vamos aguardar pelas decisões, devemos evitar condicionar quem vier a assumir essas responsabilidades", ressalvou, defendendo que é necessário que as "decisões tomadas não abram outras dificuldades".

Por último, o ministro deixou uma palavra de "gratidão" aos "agentes da autoridade democrática que todos os dias dão o melhor de si" e fez um apelo para aqueles que viajam esta Páscoa.

"Um apelo muito especial para todos, enquanto sociedade, contribuirmos, individualmente, com os nossos atos e para uma sociedade mais segura e mais plena também na segurança rodoviária, nesta que é uma época especial", completou.

Leia Também: Programa do Governo entregue a 10 de abril e debatido na AR a 11 e 12

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