Manifestação pró-Palestina já está no Martim Moniz. Há vídeo

Dezenas de bandeiras palestinianas ergueram-se na praça lisboeta, onde várias centenas de manifestantes protestam contra a morte de civis em Gaza e contra a escalada de violência entre Israel e o Hamas.

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Notícias ao Minuto com Lusa
18/10/2023 19:40 ‧ 18/10/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Israel/Palestina

Várias centenas de manifestantes fizeram ouvir, na tarde desta quarta-feira, na praça lisboeta do Martim Moniz, as suas vozes na contestação contra a escalada de violência no Médio Oriente.

"Pela paz no Médio Oriente. Pelos direitos do povo palestiniano" foi o mote da manifestação, que começou às 18h00, e que pediu ainda o "fim da agressão em Gaza".

Com música de fundo de tambores e empunhando bandeiras da Palestina, os manifestantes, muitos dos quais envergando o lenço tradicional palestiniano, empunhavam cartazes que apelavam ao "fim do genocidio", "fim do apartheid" e "fim do bloqueio a Gaza", por Israel, que tem em curso uma operação militar em Gaza depois de a 7 de outubro ter sido alvo de um ataque do Hamas que fez perto de 1.400 mortos.

No encontro, os organizadores manifestaram receio de um alastramento da guerra ao resto do mundo e exigiram do Governo português uma tomada de posição.

A manifestação foi convocada pelo Movimento Pelos Direitos do Povo Palestiniano e Pela Paz no Médio Oriente, pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) e pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC).

"Parar a guerra, o genocídio e o massacre"

O secretário geral do PCP, Paulo Raimundo, marcou presença na manifestação, justificando que não podia deixar de estar presente "nesta jornada de parar a guerra, o genocídio e o massacre".

O responsável político acredita que a força das manifestações que estão a tomar expressão cada vez mais forte em todo o mundo, para exigir o "fim da guerra, deste massacre que está em curso e da suposta invasão de Gaza", pode travar o seu avanço.

"Não só é possível, como penso que estas demonstrações de força, de solidariedade e confiança têm estado a retardar de forma concreta este massacre em curso", afirmou, lembrando que o que classificou como um "genocídio em curso", há dez dias e com "dez mil bombas detonadas em Gaza por parte do governo israelita", além da "destruição de escolas, hospitais, ambulâncias e milhares de mortos".

"Todos nos preocupamos com as vítimas civis de todo o lado, e que atos criminosos, terroristas que vitimem vítimas inocentes e civis são condenáveis sejam elas de onde forem: isso aconteceu no [ataque do Hamas] no dia 07 de outubro em Israel e está a acontecer desde há 10 dias para cá, todos os dias, atos terroristas, atos criminosos, crimes de guerra" alegadamente cometidos por forças israelitas, disse Raimundo.

Embrulhada na bandeira palestiniana, Adriana, escritora de 28 anos com ascendência alemã e judaica, disse à Lusa estar na presente na manifestação por ter "a responsabilidade" de se opor a um Estado que impõe um "Apartheid a um grupo de pessoas que têm sido privadas dos seus direitos". "Tenho uma responsabilidade especial por ser judia", disse a jovem de Washington DC (EUA), que está em Portugal há um ano e meio. 

Iuri, 30 anos, saiu à rua "para apoiar os palestinianos que estão a passar por um genocídio". "Mostrar apoio e solidariedade é o mínimo que podemos fazer por aqueles que não têm voz", adiantou à Lusa o jovem, que trabalha na indústria da informação.

Com a cabeça coberta por um lenço palestiniano, branco e preto, Shannon assumiu estar presente "para que o mundo saiba que as pessoas estão com a Palestina". "O mínimo que podemos fazer para os inocentes que estão a ser mortos é condenar o que está a acontecer todos os dias", disse à Lusa a jovem de 28 anos, de dupla nacionalidade alemã e americana, que está em Portugal há sete anos e trabalha na área do marketing.

A 7 de outubro, o Hamas lançou um ataque em território israelita, espoletando um conflito armado que já resultou na morte de milhares de civis, tanto em Israel como em Gaza. A escalada da violência tem feito soar alarmes a nível internacional, temendo-se que se alastre para países vizinhos como o Irão ou o Líbano.

Veja o vídeo na galeria acima.

[Notícia atualizada às 23h20]

Leia Também: "Israel está a matar crianças. A humanidade não pode viver com esta dor"

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