"Esperamos, hoje, uma muito expressiva adesão", diz sindicato dos médicos

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) realiza, esta quinta-feira, o segundo dia de greve na região de Lisboa.

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© Artur Machado/Global Imagens

Notícias ao Minuto
28/09/2023 08:47 ‧ 28/09/2023 por Notícias ao Minuto

País

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"Tal como aconteceu ontem, esperamos [hoje] uma muito expressiva adesão a esta greve. É um sinal muito claro de protesto em relação à forma como o Governo tratou os médicos nesta negociação."

Assim anteviu Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), o segundo dia da greve do sindicato na região de Lisboa, que teve, na quarta-feira, uma adesão "muito próxima dos 85% no nível hospitalar, muito próxima dos 80% nas consultas e, nos centros de saúde, também muito próxima dos 85%".

"Quando [o Governo] propõe um aumento salarial de 3,1%, fazendo com que um médico especialista, em 40 horas, aufira 1.900 euros líquidos, com esse aumento, está muito longe de recuperar os 22% de perda de poder de compra que aconteceu", continuou Roque da Cunha, em declarações à RTP.

Desde o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Roque da Cunha acusou a "cobrança de impostos como nunca ocorreu".

"O Governo tem necessidade, obrigação - está há oito anos no poder - de fazer investimento no SNS. De outra forma, as pessoas vão ter cada vez mais dificuldades de aceder. São cada vez mais os portugueses -3.200.000 - que têm necessidade de seguro. 1.100.000 que têm ADSE... e cada vez mais sai do bolso dos portugueses para aceder a estes cuidados", disse, esperando, para esta quinta-feira, "uma muito expressiva adesão, tal como aconteceu nas nossas greves regionais".

Em jeito de conclusão, o secretário-geral do SIM disse que o sindicato "não desejava esta greve", sendo "empurrado para esta situação pelo ministro e pela incapacidade do ministério da Saúde em fazer uma proposta objetiva, que não aumente a carga de trabalho, particularmente em relação aos nossos colegas hospitalares, que estão, neste momento, fustigados por uma carga de trabalho perfeitamente inaudita".

"O ano passado efetivaram cerca de 5.500.000 horas extraordinárias. Não é possível, a bem da saúde dos médicos, mas, fundamentalmente, da segurança dos doentes, que continuem com essa carga de trabalho. Nesse sentido, esperamos uma grande adesão", atirou.

Leia Também: "Sem medidas, a situação vai piorar em vez de melhorar", afirma SIM

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